
o Memorial Eisenhower projetado por Frank Gehry, onde paredes de pedra natural contrastam fortemente com as superfícies de aço inox, um jogo materiais e texturas que procura simbolizar a costa da Normandia na qual soldados americanos desembarcaram no Dia D
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Não sei como tudo começou: suponho
que havia uma figura que depois
se estilhaçou para formar um puzzle.
Mas se juntarem todas as peças
talvez não haja nenhuma figura, e então
de que origem intacta partiu tudo
o que depois se quebrou? É impossível
fazer estilhaços de estilhaços sem uma
coerência primeira, agora ausente.
Quando todas as peças se juntam
estaremos reduzidos ainda a uma peça
de uma figura maior, ou essa figura
é uma utopia pragmática, instrumental,
que permite algum sentido ?
Ó significados, para vós, na infância,
tinha um caderno.
Pedro Mexia, in "Duplo Império"
É Imperdível
Ainda estou Aqui
"Feliz Ano Velho"
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"Você se importa que eu não o acompanhe à porta!?"
Não é só o desempenho dela, da Fernanda Torres (que não consigo dissociar da Montenegro), mas é sobretudo a força que ela incute à personagem que já de si é forte.
O Filme é baseado no livro de Marcelo Rubens Paiva. Um caso verídico, igual a tantos outros casos verídicos de tantas famílias brasileiras, e portuguesas, que viveram a época da ditadura, da força de uma maioria. Não, provavelmente do Poder de uma minoria a que a maioria temia.
O desempenho dela é fantástico.
Marcelo descreve a mãe como uma mulher de luta, toda a vIda, mesmo depois de tudo mudar a sua vida.
Um filme que retrata uma realidade de uma forma tão autêntica que dói.
Até a cor da imagem, a fotografia são "reais".
Um
filme a não perder mesmo.
"Nós vamos sorrir! Sorriam"
PS. No fim ficamos sem saber se somos nós que ainda estamos aqui
Se é a Memória que ainda está aqui
Se é o Poder da tal Minoria a quem a Maioria teme que anda por aí.
Para mim, ... é a Memória que ainda Está Aqui.
( É a Imagem final de Fernanda Montenegro que me diz isso)