Quinta-feira, 18 de Setembro de 2008

Porque escrevemos? DESAFIO

   

 

 

 

 

 

"Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa.

 

Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas.

  

A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro..."

 

 

Clarice Lispector

 

 

E vocês porque escrevem? Querem dizer-me?

 

Eu escrevo porque é esta uma forma de existir. Talvez tão necessária para mim como o acto de respirar ou acordar todos os dias.

Talvez seja uma catarse, ou uma forma de  me encontrar e desencontrar. Uma vivência dupla, tripla e una. Escrevo porque me é essencial para ser.

ACCB

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escrito no papiro por ACCB às 08:20
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De *FreeStyle* a 18 de Setembro de 2008
"Eu escrevo"



Pelo nevoeiro que pousa na manhã
Pelas pedras de um caminho de montanha
Por um falcão que levanta voo
Por um raio de sol que me aqueçe
Pela brisa do mar que me refresca
Pela forma de uma cabeça numa almofada
Pelos passos lentos e incertos de uma criança
Por um olhar de serenidade
Por uma mão que se estende
Pelo prazer de alguem que me espera
Por um amor cravado no coração
Pelo cheirinho a café que vem da cozinha
Pela manhã que me enche a casa toda de manhã
Pelo elevador que não funciona
Pelo amor á minha cidade
Pelos sorrisos das pessoas na rua
Pelos ramos das arvores que se cruzam no céu
Por um velho que passeia lentamente
Pelo verão que passará
Pelas seáras que vão amadurecendo o grão
Pelas mãos que as ceifarão

Por isto e por aquilo
Por tudo o que virá...
Por tudo o que será...

Eu escrevo..

Escrevo porque o meu eu é assim
Escrevo porque tenho a mente em festa
Escrevo porque sinto a sinfonia das palavras
Escrevo nem que o vento me leve
Escrevo porque esta é a vida que gosto
Escrevo porque existem as Primaveras
Escrevo nem que seja a minha ultima reza

Escrevo-a por mim, para mim e para quem me ler...




;)
De ACCB a 20 de Setembro de 2008
"Escrevo nem que seja a minha ultima reza"
:-)
De JuliaML a 18 de Setembro de 2008

A minha resposta está aqui :-)


http://oprivilegiodoscaminhos.blogspot.com/2007/09/menhirs.html#links




De ACCB a 20 de Setembro de 2008
Julia dá para publicar aqui ou coloco eu?
De Anónimo a 20 de Setembro de 2008
Comentário apagado.
De JuliaML a 21 de Setembro de 2008

o poema está no meu blogue, com link para aqui.

Não o quero aqui...:-(
De ACCB a 21 de Setembro de 2008
Oh Júlia, as minhas desculpas. Vou já apagá-lo!
De Anónimo a 21 de Setembro de 2008
eu respondi no meu blog, Cleo ...

http://oprivilegiodoscaminhos.blogspot.com/2008/09/menhires.html#links

não me leve a mal,mas acho que uma caixa de comentários não é lugar para a poesia, pois banaliza-a.

De ALG a 18 de Setembro de 2008
Escrevo,
para libertar as emoções, os pensamentos,
para mim e para os outros,
por compulsão às vezes,
por necessidade,
para debater idéias,
para me insurgir,
para demonstrar afectos e paixões,
para sentir os outros,
para me sentir livre!





De ACCB a 20 de Setembro de 2008
"Para me sentir livre!"
:-)
De Jorge Pinheiro a 18 de Setembro de 2008
Eu escrevo porque gosto e acho que tenho coisas a partilhar. Além disso, acho que é um excelente exercício mental.
De ACCB a 20 de Setembro de 2008
"Escrevo porque gosto!" :-)
De Menina_marota a 18 de Setembro de 2008
Eu respiro porque escrevo. Um dia, se me faltar a escrita, deixo de respirar...

Beijinho e bom fim de semana ;))
De ACCB a 20 de Setembro de 2008
"Eu respiro porque escrevo"...pensando bem até que é asim um pouco... Tenho apneias qdo não escrevo ;-)
De Veneno a 18 de Setembro de 2008
Eu escrevo porque me faz baem. Dá-me paz. É uma espécie de terapia.
De ACCB a 20 de Setembro de 2008
Terapia... é..por vezes é.
De Pecador a 18 de Setembro de 2008
Escrevemos porque precisamos. É uma necessidade. Precisamos de comunicar? Provavelmente. Gostamos de comunicar? Também. Escrevemos para exorcizar fantasmas.
Escrevemos para estar perto de alguém. Escrevemos para dizer o que a voz não diz.
Escrevemos para atingir o olhar.
Escrevemos porque dá prazer fazê-lo. É uma necessidade, um prazer, um vício.
De ACCB a 20 de Setembro de 2008
"Escrevemos para dizer o que a voz não diz.
Escrevemos para atingir o olhar."

Romeiro, quem és tu?
De outono a 18 de Setembro de 2008
Desafio interessante.

Tinha doze anos. E escrevi...porque gostava de escrever...tal como hoje.

Com letra bem desenhada e ligeiramente inclinada para a frente ( que saudades), construí um texto, que ainda hoje...guardo.

" Gosto de escrever, porque sinto-me bem. Mesmo que escreva e, ninguém me leia, que importa, serei escritor e leitor, forma completa de comunicar.
Tal como a fala, a escrita é essencial, no conjunto de todos os actos da vida humana.
A escrita é a regra.
É no papel, que sorrimos, choramos ou dizemos segredos. É no papel, que ganhamos coragem, ou perdemos medos.
Escrever, para mim, é ter uma grande amiga, que não falha. E se a escrita é uma grande amiga, eu escrevo-a, porque gosto de escrever com amizade."

NOTA: Hoje, embora mantenha a tradição de lutar "contra a folha em branco" com a minha doce caneta de aparo mágico...infelizmente "teclo" mais do que escrevo. Logo...comunico menos (ou talvez não).
De ACCB a 20 de Setembro de 2008
"É no papel, que ganhamos coragem, ou perdemos medos."
:-)
De Pravda a 18 de Setembro de 2008
Por que escrevo?

Bem!...
-Eu preferia sair por aí a exorcizar, à estalada e ao pontapé (na fuça dos políticos, dos republicanos convictos e quejandos…), as magoas que me vão na alma… mas isso é uma forma de comunicação menos padronizada.

-Eu preferia ir até a televisão e dizer algumas verdades inconvenientes, mas a TV é só para eunucos, bagatelas, palhaços, paneleirices, “verdades comerciais a metro”, “individualidades” (de óculos escuros, gravata e mente formatada pela estupidez, pela falsidade, pela palermice, pelo dinheiro… ou pela maçonaria e outras máfias – incluindo o futebol e os partidos!) – tudo “gente e realidade do outro lado do espelho”.

-Eu preferia passear com os meus, jogar à bola na rua, cantarolar uma melodias de sempre, visitar os locais onde ja vivi, conversar com amigos (ou até ter amigos que conversam)… mas a sociedade passou de colectiva a individualista; a protecção dos aglomerados cedeu lugar ao perigo da presença “humana”; já não há homens e mulhers, só há cidadãos contribuintes, pagantes, com carreira e muita… mesmo muita, vontade de ser importantes e subir na vida!

-Eu preferia ouvir uma música decente, ler o jornal e um bom romance… mas, a música: ou é antiga, ou já não é musica é um amarfanhado de sons desconexos se ferem mais do que relaxam, não há melodia, não há mensagem (parece um concurso de efeitos, lengalengas e nomes absurdos!); o jornal é tão previsível: um rosário de misérias, meias verdades, estupidez politica/institucional, bola (um assunto muito importante, já se vê!) e… anúncios de relax; romances!!!... só se for literatura cor-de-rosa, protagonizada por amores “neoclássicos” tipo Zé Castelo Branco… o resto, ou é estrangeiro ou Saramago - resultado, não gosto.
… et cetera!

Pior de tudo: Não sei escrever! Duvido de tudo o que digo, de tudo o que sei (julgava saber!)...

Domingo estive no Sameiro em Braga e falei com um frade italiano que me disse: “Oggi, io sono un museo vivente del mio cuore… ma ho bisogno di un po'più di vita.”
Respondi-lhe: Anch'io, fratello! Anch'io!
Se fosse agora, acrescentaria:...E un po'più luce nell'anima e la saggezza!
De jose a 19 de Setembro de 2008
correcto pravada..eu liguei a tv e stava o tal de claudio ramos, mais um daniel nascimento...falavam de alguem que segundo elels não procedia conforme as normas sociais ditam!

e quem são eles? quem é esse ramos e esse nascimento?? e até há quem goste destes programas......
De ACCB a 20 de Setembro de 2008
Escreva escreva...Anch'io, fratello! Anch'io!
:-)
De eu mesmo a 18 de Setembro de 2008
Se eu dissesse que escrevo porque te amo tu não acreditarias. Se eu dissesse que o impulso de escrever é igual em proporção ao impulso de estar contigo dirias que sou um farsante. Escrevo para que me leias. Escrevo para estar presente quando me lês e para que tenhas a tentação de me leres.

É assim Cleopatra, escrevemos sempre para e por causa de alguém.
Também podemos escrever por vaidade ou por necessidade ou por vontade.
Eu escrevo para quem amo.
Abraço amigo.
De ACCB a 20 de Setembro de 2008
"Escrevo para que me leias. "
É uma excelente razão.

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