De um tempo de chuva com Sol ao fundo escondido entre nuvens que trazem trovoada
É sábado e não me apetece fazer nada além de futilidades como, espreitar lojas, comprar roupa, ver filmes na televisão, escrever por aqui ou fora daqui e talvez, mais logo, ver o jogo de futebol com a Hungria...
Mas o que devia mesmo era parar para olhar os sonhos, preparar a sua realização, dar-lhes fio como quando lançamos um papagaio de papel na praia ....ou fazemos bolas de sabão no ar....
Escrevo te de Lisboa de um tempo de chuva com Sol ao fundo
ACCB
FOTO - Dora La Rua
Naquele tempo falavas muito de perfeição,
da prosa dos versos irregulares
onde cantam os sentimentos irregulares.
Envelhecemos todos, tu, eu e a discussão,
agora lês saramagos & coisas assim
e eu já não fico a ouvir-te como antigamente
olhando as tuas pernas que subiam lentamente
até um sítio escuro dentro de mim.
O café agora é um banco, tu professora do liceu;
Bob Dylan encheu-se de dinheiro, o Che morreu.
Agora as tuas pernas são coisas úteis, andantes,
e não caminhos por andar como dantes.
(Manuel Pina - "Um sítio onde pousar a cabeça)
(Foto Mz)
( Dedicado ao meu filho que já é Pai e ao meu pai que já é Avô)
__________
Sabes pai? Ainda não tenho rugas....tal e qual como tu quando eras da minha idade....
E sabes, também tenho boa memória, como tu..... É dia do pai e estás sempre comigo... sabemos que trocamos olhares em silêncio e que te falo em silêncio do que gosto de te falar....
É dia do Pai todos os dias em que preciso falar contigo e tu,...tu arranjas sempre uma forma de me responder, de me corrigir, de me elogiar... de me ouvir....
Andas por aqui no meu ADN, nos dias que são dia do Pai e nos outros porque eu sou a filha do Pai que é meu.
Os Pais nunca deixam os filhos ainda que se tornem invisíveis aos olhos físicos.... um dia alguns de nós descobrem isso e reparamos que é bom.
ACCB
Os poetas têm no gesto
aquele traço lento da escrita
Como se dançassem nas letras
Ou pendurassem os pensamentos no olhar das palavras
Não sabem o que vão escrever
Mas escrevem
As mãos pegam nas palavras e escrevem
Os olhos ficam em espera
Como se o pensamento nem ditasse a forma
Os poetas têm aquele gesto lento
De quem guarda um segredo que não sabe
O gesto lento de quem espera
Mesmo que a espera seja já ali
ou só na eternidade.
ACCB
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.
MOVIMENTO DE INTERVENÇÃO E CIDADANIA
Diga não à erotização infantil
Há sempre um livro à nossa espera
Musicas aviação e outras tretas
Olhar Direito ( Ando Por Aqui)
Porto Croft ( Muito prazer por andar por aqui)
PSICOLOGIA CENTRAL de psicologia
Ré em Causa Própria ( Também ando por aqui )
Porosidade etérea ( sobre Poesia)
_______________________
Presidente da Comissão Europeia
Media, Strategy and Intelligence