Gosto de estar no cais quando chove
A chuva transporta sabores e odores
Que quando misturados com o mar
Transformam a atmosfera
Num ambiente de caldo
Que me faz flutuar. Gosto de estar no cais quando chove
Porque gosto de partir
Para onde os sonhos são realidade
E é sempre melhor partir quando chove.
Gosto de estar no cais quando chove
Porque o navio só parte
Quando a chuva acaba
E assim encontro razão para não partir
Porque só me apetece partir quando chove
Porque fico sempre e talvez para sempre
E porque a realidade nunca é o que se sonha.
Sophia de Mello Breyner Andersen, "Dia do Mar no Ar". fotografia: Christophe Jacrot
MOTE: Um " trem", um violoncelo na margem um caminho paralelo
Um " trem", um violoncelo
na margem um caminho paralelo
deixa-se a bagagem .....
encontram-se as linhas mais à frente
Tem gente, vem gente, tem gente,
vem gente tem pressa tem terra
pouca terra , pouca gente
E a margem do caminho paralelo
Infinitamente paralelo à margem da vida
E o violoncelo ou a silhueta de uma mulher
à espera de uma mão pela cintura
Um encosto de braço e um rosto no rosto
Das pernas que percorrem o caminho
Sem destino e objectivo
porque apenas paralelo
À margem de um violoncelo....
Ou da mulher.
ACCB
Foto ACCB
Lisboa com seu nome de ser e de não-ser
Com seus meandros de espanto insónia e lata
LOUCOS UNS PELOS OUTROS!
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.
MOVIMENTO DE INTERVENÇÃO E CIDADANIA
Diga não à erotização infantil
Há sempre um livro à nossa espera
Musicas aviação e outras tretas
Olhar Direito ( Ando Por Aqui)
Porto Croft ( Muito prazer por andar por aqui)
PSICOLOGIA CENTRAL de psicologia
Ré em Causa Própria ( Também ando por aqui )
Porosidade etérea ( sobre Poesia)
_______________________
Presidente da Comissão Europeia
Media, Strategy and Intelligence