A inauguração do primeiro Dia Internacional do Jazz acontece hoje, em Paris,
com encontros de músicos e admiradores do género de todo o mundo.
Entre os convidados conta-se com a presença do pianista americano Herbie Hancock,
o primeiro a avançar com a proposta de criação desta data comemorativa.
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A Cantar aprende-se rapidamente qualquer coisa,
a dançar dá-se asas à alma e aprendemos a ser inteiros.
Tribunal Constitucional
Artigo 222º
(Composição e estatuto dos juízes)
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1. O Tribunal Constitucional é composto por treze juízes, sendo dez designados pela Assembleia da República e três cooptados por estes.
2. Seis de entre os juízes designados pela Assembleia da República ou cooptados são obrigatoriamente escolhidos de entre juízes dos restantes tribunais e os demais de entre juristas.
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/tribunal-constitucional=f722189#ixzz1tLb5h4es
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"In the end everything will be OK.
If it's not .... that's because it's not the end."
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Esta é a madrugada que eu esperava
O dia inicial inteiro e limpo
Onde emergimos da noite e do silêncio
E livres habitamos a substância do tempo
O Nome das Coisas
, 1977 (Parte II. 1974-75)
Sophia de Mello Breyner
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Filipe II tinha um colar de oiro
tinha um colar de oiro com pedras
rubis.
Cingia a cintura com cinto de coiro,
com fivela de oiro,
olho de perdiz.
Comia num prato
de prata lavrada
girafa trufada,
rissóis de serpente.
O copo era um gomo
que em flor desabrocha,
de cristal de rocha
do mais transparente.
Andava nas salas
forradas de Arrás,
com panos por cima,
pela frente e por trás.
Tapetes flamengos,
combates de galos,
alões e podengos,
falcões e cavalos.
Dormia na cama
de prata maciça
com dossel de lhama
de franja roliça.
Na mesa do canto
vermelho damasco
a tíbia de um santo
guardada num frasco.
Foi dono da terra,
foi senhor do mundo,
nada lhe faltava,
Filipe Segundo.
Tinha oiro e prata,
pedras nunca vistas,
safira, topázios,
rubis, ametistas.
Tinha tudo, tudo
sem peso nem conta,
bragas de veludo,
peliças de lontra.
Um homem tão grande
tem tudo o que quer.
O que ele não tinha
era um fecho éclair.
Nota: (Filipe II teria da viver até aos finais do Séc. XIX para
poder ter o seu fecho éclair)
14.4.72 _ Marimba
Meu querido Amor
...
A gente põe-se a ler os outros gabados e falados e elogiados tipos e começa a convencer-se que o que fazemos é sem favor, bastante melhor.
(...)
Terás recebido a minha carta? O que terás decidido? Suspense, suspense...
O que importa é que gosto tudo de ti - e sempre.
Até ao fim do Mundo."
( Antonio Lobo Antunes -D'este viver aqui neste papel descripto)
1ª Edição - Outubro de 2005
(Pascal, Espinosa e Analuisap)
"O escritor quer o espírito livre de jugos, o pensamento livre de
preconceitos e respeitos inúteis,
o coração livre de vaidades,
incorruptível e intemerato.
Só assim serão grandes e fecundas as suas obras (...)" nas quais se
procura alcançar o "bem, o belo, o verdadeiro"
(Quental,1931).
Pedro Lomba Jurista
Começa a ser quase impossível defender o Tribunal Constitucional dos seus detractores, sobretudo os da magistratura.
Pelo Constitucional passaram já muitos dos nossos melhores juristas e juízes, nomes
mais conhecidos ou mais discretos, oriundos da universidade, dos tribunais, das carreiras jurídicas.
Não preciso citar nomes.
Tinham certamente visões diferentes sobre o que significa fazer justiça com a Constituição (ainda que isso, absurdamente, nunca lhes tivesse sido perguntado) e muitos deles não escondiam convicções políticas.
Mas não eram políticos nem invenções de políticos; garantiam a independência judicial, o pluralismo do órgão e prestigiavam as suas decisões.
Entretanto, acontece que a selecção dos juízes constitucionais se tem tornado, como tantas outras nomeações na República, um processo cada vez mais sectário e discutível.
Diz-me quem nomeias, dir-te-ei quem és. Os partidos passaram a lidar com o Constitucional como fizeram com a Gebalis, com outras
empresas públicas e outros cargos do Estado. Isto paga-se caro.
Basta ver como em decisões recentes o tribunal foi recebido e apoucado.
Procurem duas ou três opiniões de juristas consagrados, que aceitem dar a cara, e verão que nada digo
de gratuito.
Havia por isso uma certa expectativa em saber quem é que os partidos iriam indicar para o Constitucional, visto que no nosso sistema compete ao Parlamento eleger a quase totalidade dos seus juízes (o que pode ser uma anomalia, mas esse é outro tema).
Ora, o PS apresentou o nome de José Conde Rodrigues, ex-membro de um Governo socialista, ex-secretário de Estado, cuja experiência se resume a ano e meio como juiz e de quem não se conhece mais nada.
O PSD lembrou-se de Paulo Saragoça da Mata, de cujos méritos técnicos não duvido, mas entre comentar
assuntos jurídicos nas televisões e acabar depois no Constitucional vai uma grande distância.
Quanto ao PS, a opção por Conde Rodrigues revela que os socialistas não aprenderam nada com o exemplo de Rui Pereira. Apesar de notável jurista, Rui Pereira deu aquele triste espectáculo de ao fim de meses ter largado o Tribunal Constitucional para ser ministro de José Sócrates.
Com Conde Rodrigues, o PS faz o inverso: ressuscita dos governantes “mortos-vivos” um juiz sem tempo de
carreira e eleva-o ao Palácio Ratton.
Uma pesquisa cursiva pela actual e anteriores composições mostra-nos que até agora fizeram parte do Tribunal Constitucional 21 juízes de carreira: 13
pertenciam aos tribunais supremos, cinco eram juízesdesembargadores e os restantes três eram juízes de Direito com mais de 20 anos de carreira. Mais do que compreensível, é necessário. Neste caso, indicando Conde Rodrigues, o PS propõe quem tem só ano e meio de funções no tribunal administrativo de primeira instância.
Quando ao PSD, também não vai melhor: escolheu para a justiça constitucional, a mais sensível, aquela de que em última análise depende o Estado de Direito, um antigo advogado de Vale e Azevedo.
Com o devido respeito pelos visados, os ingleses têm uma palavra para isto: cronyism.
Ou parafraseando Eduardo Catroga: estão a “abandalhar” o Tribunal Constitucional.
Nos Estados Unidos, quando Bush quis nomear para o Supremo a sua amiga e conselheira Harriet Miers, até aos
republicanos custou engolir o que era notoriamente uma nomeação imprópria e clientelar.
Perante as críticas, Bush retirou depois a escolha. Mas entre nós não se ouvirá um sino.
Batemos no fundo.
Pedro Lomba Jurista
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A Lei n.º 37/2007 de 14 de Agosto já contém em si o suficiente para punir o necessário.
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/e-proibido-fumar=f719203#ixzz1s3jcSbJ7
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Da crónica de João Quadros
no Negócio On-Line:
"Os dados mais recentes do Instituto Nacional de
Estatística (INE) demonstram que o Pingo Doce (da Jerónimo Martins) e o Modelo
Continente (do grupo Sonae) estão entre os maiores importadores
portugueses."
Porque é que estes dados não me causam admiração? Talvez
porque, esta semana, tive a oportunidade de verificar que a zona de frescos dos
supermercados parece uns jogos sem fronteiras de pescado e marisco.
Uma ONU
do ultra-congelado. Eu explico.
Por alto, vi: camarão do Equador, burrié
da Irlanda, perca egípcia, sapateira de Madagáscar, polvo marroquino, berbigão
das Fidji, abrótea do Haiti... Uma pessoa chega a sentir vergonha por haver
marisco mais viajado que nós. Eu não tenho vontade de comer uma abrótea que veio
do Haiti ou um berbigão que veio das exóticas Fidji. Para mim, tudo o que fica a
mais de 2.000 quilómetros de casa é exótico. Eu sou curioso, tenho vontade de
falar com o berbigão, tenho curiosidade de saber como é que é o país dele, se a
água é quente, se tem irmãs, etc.
Vamos lá ver. Uma pessoa vai ao
supermercado comprar duas cabeças de pescada, não tem de sentir que não conhece
o mundo. Não é saudável ter inveja de uma gamba. Uma dona de casa vai fazer
compras e fica a chorar junto do linguado de Cuba, porque se lembra que foi tão
feliz na lua-de-mel em Havana e agora já nem a Badajoz vai. Não se faz. E é
desagradável constatar que o tamboril (da Escócia) fez mais quilómetros para ali
chegar que os que vamos fazer durante todo o ano.
Há quem acabe por levar
peixe-espada do Quénia só para ter alguém interessante e viajado lá em casa. Eu
vi perca egípcia em Telheiras... fica estranho. Perca egípcia soa a Hercule
Poirot e Morte no Nilo. A minha mãe olha para uma perca egípcia e esquece que
está num supermercado e imagina-se no Museu do Cairo e esquece-se das
compras.
Fica ali a sonhar, no gelo, capaz de se constipar.
Deixei
para o fim o polvo marroquino. É complicado pedir polvo marroquino, assim às
claras. Eu não consigo perguntar: "tem polvo marroquino?", sem olhar à volta a
ver se vem lá polícia. "Queria quinhentos de polvo marroquino" - tem de ser dito
em voz mais baixa e rouca. Acabei por optar por robalo de Chernobyl para o
almoço. Não há nada como umas coxinhas de robalo de Chernobyl.
Eu, às vezes penso: o que não poupávamos se Portugal tivesse mar.
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Podia chover lá fora...
Magico comigo porque não chove lá fora
Tenho a transparência do vidro estática
Olha-me nos olhos e sorri
Ri porque eu desejo que chova
E pela transparência o desejo não se realiza
Estico o braço e deixo os dedos suspensos sobre as teclas
A transparência estremece...
e sorrio...dedilho as teclas
E sorrio.....
A tansparência olha-me nos olhos e suspende-se...
Volto ao fundo do cadeirão...
desisti de a torturar...
E fico a magicar...
Magico comigo porque não chove lá fora...
E de súbito a transparência chove
e escorre pela vidraça
e dedilho as teclas
E magico comigo... c'est magique.
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ACCB
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.
MOVIMENTO DE INTERVENÇÃO E CIDADANIA
Diga não à erotização infantil
Há sempre um livro à nossa espera
Musicas aviação e outras tretas
Olhar Direito ( Ando Por Aqui)
Porto Croft ( Muito prazer por andar por aqui)
PSICOLOGIA CENTRAL de psicologia
Ré em Causa Própria ( Também ando por aqui )
Porosidade etérea ( sobre Poesia)
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Presidente da Comissão Europeia
Media, Strategy and Intelligence