Uma amiga mandou-me.
É uma delícia.
Que os vossos corações voltem à infancia para que seja realmente Natal.
Os pintores, os poetas, os escritores, os artistas em geral, não morrem, mudam de estado.
E há vozes que ficam eternamente no tempo, como...Ela.
Para te dizer tão-só que te queria
Como se o tempo fosse um
sentimento
bastava o teu sorriso de um outro dia
nesse instante em que
fomos um momento.
Dizer amor como se fosse proibido
... entre os meus
braços enlaçar-te mais
como um livro devorado e nunca lido.
Será pecado,
amor, amar-te demais?
Esperar como se fosse (des) esperar-te,
essa certeza
de te ter antes de ter.
Ensaiar sozinho a nossa arte
de fazer amor antes
de ser.
Adivinhar nos olhos que não vejo
a sede dessa boca que não
canta
e deitar-me ao teu lado como o Tejo
aos pés dessa Lisboa que ele
encanta.
Sentir falta de ti por tu não estares
talvez por não saber se tu
existes
(percorrendo em silêncio esses altares
em sacrifícios pagãos de olhos tristes).
Ausência, sim. Amor visto por dentro,
certezas ao
contrário, por estar só.
Pesadelo no meu sonho noite adentro
quando, ao meu lado, dorme o que não sou.
E, afinal, depois o que ficou
das noites
perdidas à procura
de um resto de virtude que passou
por nós em co(r)pos
de loucura?
Apenas mais um corpo que marcou
a esperança disfarçada de
aventura...
(Da estupidez dos dias já estou farto,
das noites repetidas
já cansado.
Mas, afinal, meu Deus, quando é que parto
para começar, enfim,
este meu fado?)
No fim deste caminho de pecados
feito de desencontros e de
encantos,
de palavras e de corpos já usados
onde ficamos sós, sempre,
entre tantos...
Que fique como um dedo a nossa marca
e do que foi um beijo
o nosso cheiro:
Tesouro que não somos. Fique a arca
que guarde o que
vivemos por inteiro.
Fernando Tavares Rodrigues
A Demora
O amor nos condena:
demoras
mesmo quando chegas antes.
Porque não é no tempo que eu te espero.
Espero-te antes de haver vida
e és tu quem faz nascer os dias.
Quando chegas
já não sou senão saudade
e as flores
tombam-me dos braços
para dar cor ao chão em que te ergues.
Perdido o lugar
em que te aguardo,
só me resta água no lábio
para aplacar a tua sede.
Envelhecida a palavra,
tomo a lua por minha boca
e a noite, já sem voz
se vai despindo em ti.
O teu vestido tomba
e é uma nuvem.
O teu corpo se deita no meu,
um rio se vai aguando até ser mar.
Mia Couto, in " idades cidades divindades"
Vila Viçosa, 8 de Dezembro de 1894
Matosinhos, 8 de Dezembro de 1930
- +++ -
Tarde no mar A tarde é de oiro rútilo: esbraseia. O horizonte: um cacto purpurino. E a vaga esbelta que palpita e ondeia, Com uma frágil graça de menino, Pousa o manto de arminho na areia E lá vai, e lá segue o seu destino! E o sol, nas casas brancas que incendeia, Desenha mãos sangrentas de assassino! Que linda tarde aberta sobre o mar! Vai deitando do céu molhos de rosas Que Apolo se entretém a desfolhar... E, sobre mim, em gestos palpitantes, As tuas mãos morenas, milagrosas, São as asas do sol, agonizantes... Florbela Espanca
Jürgen Habermas está farto. O filósofo tem feito tudo o que pode para chamar a atenção para o que entende ser o fim do ideal europeu. Espera
poder ajudar a salvá-lo – de políticos ineptos e das forças obscuras do mercado financeiro. Excertos.
Jürgen Habermas está zangado. Está muito zangado. Está mesmo furioso – porque encara a questão pessoalmente. Dá murros na mesa e grita: "Basta!" Não quer de todo ver a Europa remetida para o caixote do lixo da história mundial.
"Falo como cidadão", diz. "Preferiria estar em casa, sentado à minha secretária, acreditem. Mas isto é demasiado importante. As pessoas têm que
entender que enfrentamos opções decisivas. É por isso que estou tão empenhado neste debate. O projeto europeu não pode continuar em modo de elite."
Basta! A Europa é o seu projeto. É o projeto da sua geração. Jürgen Habermas, de 82 anos, quer fazer passar a palavra.
Está sentado no palco do Goethe Institute de Paris.
De uma maneira geral, diz coisas inteligentes como: "Nesta crise, colidem imperativos funcionais e sistemáticos" – referindo-se às dívidas soberanas e à pressão dos mercados. Por vezes, abana a cabeça com consternação e declara: "É completamente inaceitável, completamente" – referindo-se às imposições da UE e à perda da soberania nacional da Grécia.
E depois volta a ficar danado: "Os responsáveis são os partidos políticos. Os nossos políticos há muito que são incapazes de aspirar a mais do que serem re-eleitos. Não têm substância política de qualquer espécie, não têm convicções..." É da natureza desta crise que filosofia e palpites de política
fiquem em pé de igualdade.
É por isso que ali está sentado. Foi por esse motivo que escreveu recentemente um texto no Frankfurter Allgemeine Zeitung, em que critica o cinismo dos políticos europeus e o seu "alheamento dos ideais europeus".
Acaba também de publicar um livro – um "livrinho", como lhe chama –, que o respeitado semanário alemão Die Zeit prontamente comparou com o ensaio de 1795 de Immanuel Kant, "Para a paz perpétua" [tradução do Instituto Galego de Estudos de
segurança Internacional e da Paz, disponível na Internet]. Mas tem alguma resposta para a questão do caminho que a democracia e o capitalismo devem tomar?
"Zur Verfassung Europas" ("Sobre a constituição da Europa") é o nome do seu novo livro, que é basicamente um extenso ensaio, onde descreve a mudança da essência da nossa democracia por pressão da crise e do frenesim dos mercados. Habermas diz que o poder deixou de estar nas mãos do povo e foi transferido para órgãos de legitimidade democrática duvidosa, como o Conselho Europeu. Basicamente, defende, os tecnocratas há muito que vêm preparando um golpe de Estado silencioso.
Habermas refere-se ao sistema que Merkel e Sarkozy estabeleceram durante a crise como uma "pós-democracia". O Parlamento Europeu não tem praticamente nenhuma influência. A Comissão Europeia tem "uma posição estranha, suspensa", sem nenhuma responsabilidade no que faz. Mas mais importante, no entanto, é o Conselho Europeu, ao qual foi dado um papel central no Tratado de Lisboa" – que Habermas vê como uma “anomalia". Considera o Conselho como um "organismo governamental que se envolve na política sem ter mandato para tal”.
Aqui chegados, deve mencionar-se que Habermas não é um Velho do Restelo, um pessimista, nem um profeta da desgraça – é na verdade um otimista inabalável e é isso que o torna um fenómeno raro na Alemanha. Habermas acredita verdadeiramente na racionalidade do povo. Acredita realmente na velha ordem democrática.
Acredita totalmente numa esfera pública, ao serviço de uma vida melhor. Assim se explica a alegria com que encarava o público, naquela noite de meados de novembro, em Paris.
Enquanto os ativistas do movimento Ocupar se recusam a formular qualquer exigência clara, Habermas enuncia com precisão porque vê a Europa como um projeto de civilização que não pode falhar e porque a "comunidade global" é tão necessária para conciliar democracia com capitalismo. Por outro lado, afinal os revolucionários intervenientes dos movimentos Ocupar e o filósofo dos livros não estão assim tão afastados. É basicamente uma divisão de trabalho – entre o analógico e o digital, entre debate e ação.
"Pouco depois de 2008", comenta Habermas, com um copo de vinho branco na mão, após o debate, "percebi que o processo de expansão, integração e democratização não avança automaticamente por si só, que é reversível, que, pela primeira vez na história da UE, estamos verdadeiramente a passar por um desmantelamento da democracia. Não achava que isso fosse possível.
Estamos numa encruzilhada”. "A elite política não tem realmente nenhum interesse em explicar ao povo que estão a ser tomadas decisões importantes em Estrasburgo; tudo o que receia é perder o seu poder individual", afirma. Isto é importante para entender porque leva o tema da Europa tão a peito. Tem a ver com a Alemanha maligna de ontem e a Europa de bem de amanhã, com a transformação do passado em futuro, com um continente que já viveu dilacerado pela culpa – e agora está a ser destruído pela dívida.
A sua visão é a seguinte: "Os cidadãos de cada país, que tiveram de aceitar que as responsabilidades fossem transferidas para fora das fronteiras soberanas, podiam, enquanto cidadãos europeus, aplicar o seu peso democrático a influenciar os governos que agem numa zona constitucional cinzenta."
Este é o principal ponto para Habermas e é o que tem faltado na visão da Europa: uma fórmula para o que está errado na construção atual. Ele não vê a UE como uma comunidade de Estados ou como uma federação, mas sim como algo novo. É um edifício jurídico que os povos da Europa acordaram em conjunto com os cidadãos da Europa – ou seja, nós próprios connosco –, de uma forma dual e esquecendo os respetivos governos. Isto retira, naturalmente, a base de poder de Angela Merkel e Sarkozy, mas é mesmo isso que ele deseja.
Há uma alternativa, diz, há outra via para a mudança sub-reptícia do poder a que estamos a assistir. Os meios de comunicação "têm" de ajudar os cidadãos a compreender a enorme dimensão da influência da UE sobre as suas vidas. Os políticos "vão" certamente entender a enorme pressão que cairia sobre eles, se a Europa falhar. A UE "deve" ser democratizada.
"Se o projeto europeu falhar", alerta, "fica a questão de quanto tempo vai demorar a retomar o status quo. Recordemo-nos da revolução alemã de
1848: quando falhou, levámos 100 anos a recuperar o nível de democracia anterior."
Mãe, tenho de ser grande?
Mãe tenho de andar em bicos dos pés?
Endireitar as costas e elevar as mãos e sorrir como se não ouvisse, não visse...não soubesse?
Mãe, tenho de dar passinhos de cristal e não posso ser de cristal?
Tenho de ser leve, suave, musical, de ter gestos próprios aos olhos dos outros, cabelos certinhos e apanhados...olhar distante e que não confronte os deles....
Mãe....aquelas escadas são para subir assim?
Tenho um arco Mãe, já me viste dançar em circulo e fazer coisas loucas com o meu arco? Olha que passo por ele e salto por ele ,... tem dentro um mundo imaginário sim...mas um dia será meu.
Deixei o cabelo solto mãe....estava muito alinhado e hoje, trouxe pastilha elástica sim... mas é cor de rosa ;-))
ACCB
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Elsa Gonçalves
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João Magalhães
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Todo o sonho sobe, à mercê dos sonhos que o elevam.
José Eusébio
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Mãe.... minha mãe... quanta saudade.....
"Mãe, tenho de ser grande?"... Mãe tive de crescer!!!!!
Fernanda Freitas
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Gabriel Maria
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...e na verdade, já nao me lembrava como o rosa era bonito, sereno e perfumado...esquecera que era criança, e que os meus pés também serviam para chutar as pedras da calcada, ou os charcos em dias de chuva, e serviam sobretudo para andar ...livre e solta....e quando agora olhas para mim, humilhada na tela em que me pintaste, eu sorrio, levo as mãos aos longos caracóis do meu cabelo, despentei- o energeticamente, e, para terminar, acabo fazendo um balão com a minha pastilha, bem maior que o anterior, até subitamente, como que num perfeito pliet, se rebenta e falece no meu rosto.
Teresa Margarida Cabral
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...se a tua mensagem foi inspiradora, não tenho dúvida. São momentos assim, que nos transportam para fora deste planeta e, nos cedem a cidadania lunar do sonho. Provoca-nos o desatar de nós no peito guardados ingloriamente e soltamos o que... até julgamos não possuir. São sonhos, que nos dizem mares eternos e, até acreditamos que ouvimos hinos interiores, frases cristal ou ecos muito íntimos.
E no fundo, estava uma provocação. Uma foto quiçá olhada e ignorada....e aqui marcada com a palavra livre de cada um, no desigual do ser e parecer, mas igual na tua intenção de parece bem.
Oscilei, neste comentário. Não queria fazê-lo. Pensei até e, porque tenho essa liberdade de amigo no cruzamento de olhos que guardo, dizer-te privadamente do meu gostar e sentir neste teu desafio. Mais um no meio de tantos onde dás a mão e fazemos uma roda de amigos. Longe vão os tempos de poemas a duas mãos, guardados nos confins da net, ou das pinturas inspiradoras de "livros" nunca acabados.
Mas preferi, fazê-lo universalmente. Dizer-te, que na tua "irreverência" poética e salutar, no teu "traquinas" mostrar de criatividade grande, consegues muitas vezes, o que técnicos "perfeitos" não conseguem - UNIR.
Como amigo, e sabes que sou, dou-te um sorriso cúmplice de agrado pleno, por este momento e de agradecimento pelo teu ASSIM NÃO VALE. Tocaste-me, tal como te "toquei". E dou-te apenas um sorriso cúmplice, porque como és "vaidosa" q.b. não fiques convencida e...nunca mais desafies a lógica da comunhão e da partilha.
Tem um dia bom!
José Luís Outono
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A neve bailarina
Flocos de neve
Dançando no escuro
Mal tocam o chão
Rodopiando no sopro do vento
Tão brancos
Tão delicados
Quanta elegância
Quanta beleza
Mas…
Um farrapo trapalhão…?
Tem cuidado
Gritou-lhe o vento
Largo o arco
E a brincadeira
Olha que tropeças
Tornas-te um pingo…
E ao caíres
Em vez de branco…
Pink…
;-)
Manuela Frias
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http://videos.sapo.pt/nuwOKZWFjlzEnzSBBpYd
Informação da PIDE sobre:
"indivíduo que goza de integridade moral.
Faz as suas observações ao que entende estar mal feito
sem se subjugar a qualquer ideal que não o dele."
Ler mais: http://aeiou.expresso.pt/francisco-de-sa-carneiro--visao-de-estado=f692172#ixzz1fbqAH1WF
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Não há luzes de Natal na minha cidade......enfim
Olhem, sabem que mais??
Trouxe uma para ti!
___________________Paz
___________________União
_________________Alegrias
... ... ____________Esperanças
... ... ... ________Amor.Sucesso
______________Realizações★Luz
_____________Respeito★harmonia
____________Saúde★..solidariedade
___________Felicidade ★...Humildade
__________Confraternização ★..Pureza
_________Amizade ★Sabedoria★.Perdão
________Igualdade★Liberdade.Boa-.sorte
_______Sinceridade★Estima★.Fraternidade
______Equilíbrio★Dignidade★...Benevolência
_____Fé★Bondade_Paciência..Gratidão_Força
____Tenacidade★Prosperidade_.Reconhecimento
----------------------O TEMPO------------------------
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