Onde eu estava quando tudo começou?
Estava em Saigon, no bar uma vez chamado Lanternas Vermelhas. Fugi de Moscou e espiava a lua no calor do teu sorriso. Branco e lindo.
Como a luz de todos os candeeiros daquela rua. Da última rua que eu me lembro.
Pedi vodka com limão e pensei comprar um bilhete para Jakarta. Vem comigo? Podemos dançar sem as máscaras e tirar o primeiro véu. Depois, quem sabe.
O mundo é pequeno demais para Jonh Wayne e todos aqueles índios.
Onde eu estava quando tudo começou?
Aprendia piano com Wolfgang.As notas da Sinfonia do Adeus. Achei triste demais e cantei a Sonata Dó-Ré-Mi para Johann. Depois de seis Bavárias ficou linda.
Estamos em Camelot, quero subir o Amazonas com Lancelot e Guinevere. vem comigo?
Podemos viver pintados de ocre e arrancar as penas da arara-azul. Depois, quem sabe.
Os protetores da natureza vão ficar furiosos e seremos persona non grata em Paris. " Très-chic".
Onde eu estava quando tudo começou?
Chorava assistindo Love Story. Queria ser loura como Brigitte, alta como Sigourney e "careta" como o Roberto.
Andei de calhambeque na Augusta e me aplaudiram de pé. Quase nua fiz continência ao presidente e a vida ficou melhor.
Quero comer pizza napolitana em Moema. Vem comigo?
Podemos passear na Paulista e terminar no Carandiru. Correr pela Madison Avenue e saltar em Montparnasse.
Depois, quem sabe. Nunca mais saberemos onde estamos e isso será maravilhoso.
Onde eu estava quando tudo começou?
Estava contigo.
NO SÉTIMO PLANETA DA QUINTA GALÁXIA EU TE ENCONTREI. TU ESTAVAS À DIREITA DO SOL, NA SEXTA CASA DA LUA. E NÃO TINHAS NOME.
Angela Pieruccini a Quarta-feira, 28 de Setembro de 2011 às 4:47
Há estórias que surgem como antigos contos de encantar.
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Mais où étais-je quand tout a commencé?
J'étais à Saigon, accoudée au comptoir du "Bar des Lanternes rouges".
J'avais fui Moscou et regardais la lune à la chaleur de ton sourire, opalin et délicat comme la lumière des lampions de cette ruelle. La dernière dont je me souvenais.
J'ai commandé une Vodka-citron. Je pensais prendre un billet pour Djakarta...
Tu viens avec moi?
On peut baisser le voile, retirer les masques et danser... On verra bien.
Le monde est trop petit pour John Wayne et tous ses Indiens.
Où étais-je quand tout a commencé?
J'apprenais le piano avec un certain Wofgang, les notes étaient mélancoliques, la Symphonie des Adieux trop triste. J'ai chantonné la Sonate en do ré mi, et six petites bouteilles de "Bavaria" plus tard, l'air était plutôt joyeux.
Nous sommes à Camelot, je voudrais remonter l'Amazone avec Lancelot et Guenièvre. Tu viens avec moi?
Nous pouvons vivre peints couleur d'ocre et arracher les plumes de l'Ararauna.
On verra bien.
Les défenseurs de la nature seront furieux, Nous serons "non grata" jusqu'à Paris. C'est "très chic".
Où étais-je quand tout a commencé?
J'aurais voulu naitre blonde comme Brigitte, haute comme Sigourney et chauve comme Roberto.
J'ai remonté la rue Augusta en tacot et reçu milles ovations,
Presque nue, j'ai reverencé le Président, et ma vie à changé.
Je veux maintenant manger une Pizza napolitaine à Moema.
Tu viens avec moi?
Je pleurais en regardant Love Story.
Nous pourrions marcher sur l'Avenue Paulista et prendre notre souffle à Carandiru.
Courir le long de Madison Avenue, et d'un saut se transporter à Montparnasse.
On verra bien.
On ne saurait jamais où nous sommes, et ce serait merveilleux.
Où étais-je quand tout a commencé?
J'étais avec toi, je crois.
Sur la 7ème planète de la 5ème galaxie, je t'ai rencontré, tu étais bien à droite du Soleil, dans la 6ème Maison de la Lune, e tu n'avais pas encore de nom
TRADUCTION DU BRÉSILIEN PAR CHRIS VAN HAMME
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A chanceler alemã, Angela Merkel, defendeu o agravamento de sanções a países da zona euro que não cumpram os critérios de estabilidade. "Terão de abdicar de parte da sua soberania, se se verificar que o país em questão não cumpriu os seus próprios compromissos" - entrevista à televisão pública ARD.
Ler mais: http://aeiou.expresso.pt/que-parte-da-soberania-senhora-merkel=f676893#ixzz1ZGM3mgJy
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Que venha o sol o vinho as flores
Marés canções todas as cores
Guerras esquecidas por amores;
Que venham já trazendo abraços
Vistam sorrisos de palhaços
Esqueçam tristezas e cansaços;
Que tragam todos os festejos
E ninguém se esqueça de beijos
Que tragam prendas de alegria
E a festa dure até ser dia;
Que não se privem nas despesas
Afastem todas as tristezas
Pão vinho e rosas sobre as mesas;
Que tragam cobertores ou mantas
O vinho escorra pelas gargantas
E a festa dure até às tantas;
Que venham todos de vontade
Sem se lembrarem de saudade
Venham os novos e os velhos
Mas que nenhum me dê conselhos!
Os buracos à luz do Direito
22-Set-2011 | |
- Terá o nosso direito criminal resposta para tapar (julgar) os buracos orçamentais da República? Buracos financeiros há muitos e já estamos habituados a conviver com eles. O problema é só de ordem de grandeza. A equação é simples: uns fazem os buracos em nome do interesse nacional e outros pagam, sem pestanejar. Só o dinheiro que saiu pelos buracos dava, com certeza, para fazer face ao défice e para dar uma melhor qualidade de vida aos portugueses.
Existe algum crime tipificado na lei penal que responsabilize criminalmente um político, eleito pelo voto do Povo, por violação das regras orçamentais e das boas práticas da contabilidade pública? A sonegação de informação ou a gestão danosa dos dinheiros dos contribuintes é crime? Como sabemos vigora, entre nós, o princípio da separação de poderes. O que não torna fácil criminalizar os comportamentos políticos, por gestão danosa ou ocultação de dados de execução orçamental. A resposta é simples. Não existe no Código Penal qualquer crime que julgue um titular de cargo político, por gestão danosa, praticada no exercício do seu mandato. Pode levar um Estado, uma Região Autónoma à bancarrota, sem nenhuma responsabilidade criminal. O que pode acontecer é serem incriminados, o que é substancialmente diferente, pela prática de crimes de corrupção, tráfico de influências ou branqueamento de capitais. Só na fonte da ilicitude é possível apurar essa responsabilidade criminal. E não existe porque, em democracia, como se costuma dizer, na responsabilidade política o juiz é o Povo. Para além de ser muito difícil, não existe vontade do Poder Político para penalizar decisões políticas. Não é um assunto da Justiça, mas sim dos decisores políticos. A solução podia estar na lei de responsabilidade do exercício de cargos políticos. Mas nem aí porque se trata de uma lei muito tímida e confusa. Só no caso de violação consciente de normas de execução orçamental que podem passar por inscrever encargos não permitidos por lei, fugir ao Visto do Tribunal de Contas, quando a lei exigir e ou autorizar operações de tesouraria proibidas, é que se pode falar numa frouxa responsabilidade criminal. A ocultação de informação pode constituir, apenas, uma contra-ordenação. O que está a acontecer na Islândia, com o julgamento do primeiro-ministro, por ter conduzido o País à falência, jamais era possível em Portugal. De facto, a incompetência política não é crime. Mas se não querem assim, então os nossos governantes, fazendo uso da ética da convicção e da ética da responsabilidade, no dizer de Max Weber, salvem a Rés Pública, criando legislação a sério que doa e que não se limite a fazer cócegas como a que existe.
Rui Rangel | |
Quando eu morrer
Quando eu morrer, não digas a ninguém que foi por ti.
Cobre o meu corpo frio com um desses lençóis
que alagámos de beijos quando eram outras horas
nos relógios do mundo e não havia ainda quem soubesse
de nós; e leva-o depois para junto do mar, onde possa
ser apenas mais um poema - como esses que eu escrevia
assim que a madrugada se encostava aos vidros e eu
tinha medo de me deitar só com a tua sombra. Deixa
que nos meus braços pousem então as aves (que, como eu,
trazem entre as penas a saudades de um verão carregado
de paixões). E planta à minha volta uma fiada de rosas
brancas que chamem pelas abelhas, e um cordão de árvores
que perfurem a noite - porque a morte deve ser clara
como o sal na bainha das ondas, e a cegueira sempre
me assustou (e eu já ceguei de amor, mas não contes
a ninguém que foi por ti). Quando eu morrer, deixa-me
a ver o mar do alto de um rochedo e não chores, nem
toques com os teus lábios a minha boca fria. E promete-me
que rasgas os meus versos em pedaços tão pequenos
como pequenos foram sempre os meus ódios; e que depois
os lanças na solidão de um arquipélago e partes sem olhar
para trás nenhuma vez: se alguém os vir de longe brilhando
na poeira, cuidará que são flores que o vento despiu, estrelas
que se escaparam das trevas, pingos de luz, lágrimas de sol,
ou penas de um anjo que perdeu as asas por amor.
Maria do Rosário Pedreira
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Os povos serão cultos na medida em que entre eles crescer o número dos que se negam a aceitar qualquer benefício dos que podem;
dos que se mantêm sempre vigilantes em defesa dos oprimidos não porque tenham este ou aquele credo político, mas por isso mesmo, porque são oprimidos e neles se quebram as leis da Humanidade e da razão;
dos que se levantam, sinceros e corajosos, ante as ordens injustas, não também porque saem de um dos campos em luta, mas por serem injustas;
dos que acima de tudo defendem o direito de pensar e de ser digno.
Agostinho da Silva, in 'Diário de Alcestes'
BOA SEMANA
Inventar a tinta que escorre da tua voz quando me falas baixinho
ou a cor da tua mão na minha
..........
Perguntei ao vento a cor da saudade
disse-me que era a mesma que a tua voz tem
Procurei no tempo a tonalidade
disse-me que estava guardada numa caixa antiga com pincéis velhos
que teria de a encontrar
talvez na próxima Lua cheia
numa noite em que o Luar iluminasse a maré baixa
e que era a mesma da tua mão na minha
Se eu fosse pintor
preparava essas tintas em godés paralelos às manhãs, às noites, aos crepúsculos, às linhas do horizonte ao fundo da memória....
Se eu fosse pintor inventava uma paleta de cores cristalinas e transparentes em mudanças de tonalidades e rios de sons quentes e púrpura,...
..... não precisava de esperar a Lua cheia na maré baixa, nem a magia da imaginação.
ACCB
Cecília Meirelles - Metal Rosicler
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MOVIMENTO DE INTERVENÇÃO E CIDADANIA
Diga não à erotização infantil
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PSICOLOGIA CENTRAL de psicologia
Ré em Causa Própria ( Também ando por aqui )
Porosidade etérea ( sobre Poesia)
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