Sexta-feira, 31 de Dezembro de 2010

Bom Ano ---------------Novo

 

 

 

Solo le pido a Dios
Que el dolor no me sea indiferente
Que la reseca muerte no me encuentre
Vacio y solo sin haber echo lo suficiente

Solo le pido a Dios
Que lo injusto no me sea indiferente
Que no me abofeteen la otra mejia
Despues que una garra me arane esta frente

Chorus:
Solo le pido a Dios
Que la guerra no me sea indiferente
Es un monstro grande y pisa fuerte
Toda la pobre inocencia de la gente
Es un monstro grande y pisa fuerte
Toda la pobre inocencia de la gente

Solo le pido a Dios
Que el engano no me sea indiferente
Si un traidor puede mas que unos quantos
Que esos quantos no lo olviden facilmente

Solo le pido a Dios
Que el futuro no me sea indiferente
Deshauciado esta el que tiene que marchar
A vivir una cultura diferente

____________

 

Gostaria de vos deixar neste final, uma mensagem personalizada,....mas não sei de todos os que passam por aqui.

Deixo-vos  uma "oração" que pode ser nossa desde que passe além das palavras.

Neste novo ano que se aproxima há caminhos para fazer que são de todos.

A coragem de olhar e ver e a vontade de fazer, devem ser uma constante no relacionamento com o outro.

A todos os que me são queridos e aqui passam um enorme beijo e um sorriso.

Aos que não conheço uma mão aberta de boa vontade.

 

Para cada um um desafio:-

-

Que o Mundo não nos seja indiferente.

-

ACCB

escrito no papiro por ACCB às 00:01
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Quarta-feira, 29 de Dezembro de 2010

3 de copas

escrito no papiro por ACCB às 23:06
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O amor antigo

O amor antigo vive de si mesmo,
não de cultivo alheio ou de presença.
Nada exige nem pede. Nada espera,
mas do destino vão nega a sentença.

O amor antigo tem raízes fundas,
feitas de sofrimento e de beleza.
por aquelas mergulha no infinito,
e por estas suplanta a natureza.

Se em toda parte o tempo desmorona
aquilo que foi grande e deslumbrante,
o amor antigo, porém, nunca fenece
e a cada dia surge mais amante.

Mais ardente, mas pobre de esperança.
Mais triste? Não. Ele venceu a dor,
e resplandece no seu canto obscuro,
tanto mais velho quanto mais amor.

 

 

Carlos Drummond de Andrade

 

 

escrito no papiro por ACCB às 23:00
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Eu sei, mas não devia ( e eu, não quero)

 




Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.
A gente se acostuma a morar em apartamento de fundos
e a não ter outra vista que não seja as janelas ao redor.

E porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora.
E porque não olha para fora logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas.
E porque não abre as cortinas logo se acostuma acender mais cedo a luz.
E a medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.

A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora.
A tomar café correndo porque está atrasado.
A ler jornal no ônibus porque não pode perder tempo da viagem.
A comer sanduíche porque não dá pra almoçar.
A sair do trabalho porque já é noite.
A cochilar no ônibus porque está cansado.
A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.

A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra.
E aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja número para os mortos.
E aceitando os números aceita não acreditar nas negociações de paz,
aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.

A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir.
A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta.
A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.
A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita.
A lutar para ganhar o dinheiro com que pagar.

E a ganhar menos do que precisa.
E a fazer filas para pagar.
E a pagar mais do que as coisas valem.
E a saber que cada vez pagará mais.
E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas que se cobra.

A gente se acostuma a andar na rua e a ver cartazes.
A abrir as revistas e a ver anúncios.
A ligar a televisão e a ver comerciais.
A ir ao cinema e engolir publicidade.
A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.
A gente se acostuma à poluição.

As salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro.
A luz artificial de ligeiro tremor.
Ao choque que os olhos levam na luz natural.
Às bactérias da água potável.
A contaminação da água do mar.
A lenta morte dos rios.

Se acostuma a não ouvir o passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães,
a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.
A gente se acostuma a coisas demais para não sofrer.

Em doses pequenas, tentando não perceber, vai se afastando uma dor aqui,
um ressentimento ali, uma revolta acolá.
Se o cinema está cheio a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço.
Se a praia está contaminada a gente só molha os pés e sua no resto do corpo.

Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana.
E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo
e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.

A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele.
Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se
da faca e da baioneta, para poupar o peito.
A gente se acostuma para poupar a vida que aos poucos se gasta e, que gasta,
de tanto acostumar, se perde de si mesma.

Marina Colasanti

 

 

escrito no papiro por ACCB às 22:14
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Piove

escrito no papiro por ACCB às 20:03
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Ensitel

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O Machismo Português e

 as Traições Amorosas

  

Na gíria portuguesa, os palitos são a versão económica, e mais moderna, dos cornos. Os cornos, à semelhança do que aconteceu com os automóveis e os computadores, tornaram-se demasiado volumosos e pesados para as exigências do homem de hoje. Daí a crescente popularidade dos mais portáteis e menos onerosos palitos. Contudo, visto que se vive presentemente um período de transição, em que os novos palitos ainda se vêem lado a lado com os tradicionais cornos, continuam a existir algumas sobreposições. Uma delas, herdada do antigamente, deve-se ao facto dos palitos não se saldarem numa diminuição proporcional de sofrimento. Ou seja, não dão uma mera dor de palito — dão à mesma, incontrovertivelmente, dor de corno.

 

Não é mais carinhoso, por isso, pôr os «palitos» a alguém — continua a ser exactamente o mesmo que pôr os outros.

Tudo isto vem a propósito da forma atípica, entre os povos latinos, que assume o machismo português. Não se trata do machismo triunfalmente dominador, género «Aqui quem manda sou eu!», do brutamontes que não dá satisfações à mulher. Não — o machismo português, imortalizado pelo fado «Não venhas tarde», é um machismo apologético, todo «desculpa lá ó Mafalda», que alcança os seus objectivos de uma maneira mais eficaz. É, de facto, o machismo que, não só dá satisfações, como vive delas.

O machismo português é o machismo, não da força masculina, mas da fraqueza. Não consiste no homem armar-se em agressor, mas em vítima. O logro é este: o homem apresenta-se sempre à mulher como vítima da natureza «de homem», dele. Ser homem, para o machista português, é ser essencialmente fraco. É um não-ser-capaz de resistir às tentações; um envergonhado «já sabes como é, filha» que serve para legitimar todos os privilégios de que goza (aos quais chama «deslizes»).

 

À mulher não se admitem estes abusos — os copos, as entradas às tantas da manhã, os romances — porque o homem português considera a mulher um ser superior. Como é superior — mais forte, mais séria, mais responsável, mais ajuizada — não tem, muito simplesmente, direito a nada.

O homem trata-a como se trata um deus. Julga que ela sabe tudo e, mesmo quando ele lhe mente, sabe que ela não se convence. Pensa também que ele pode tudo e é daqui que vem o medo enorme que lhe tem. E, tal como se faz com um deus, ele peca e pede perdão, mas sem perdoar em troca — porque um deus, por definição, não pode pecar. Se acaso uma mulher não corresponde a este comportamento divino, é logo considerada uma desgraçada, uma meretriz, uma sem-vergonha. Em suma: no fundo, uma criatura tão baixa e desprezível como um homem.

Logo, é a inferioridade do homem — infinitamente confessada, declarada e propagandeada — que lhe impõe o direito de pecar e ser perdoado, e a superioridade da mulher que lhe confere a obrigação de perdoar. O homem, no machismo português, é pouco mais que uma pilha imponente e irresistível de vulnerabilidades. As outras mulheres atraem-no sempre contra vontade, e ele, coitado, não se consegue defender e vai-se instantaneamente abaixo. Como cantava o Carlos Ramos «Tu sabes bem que eu vou para outra mulher, que eu só faço o que ela quer...».

 

A mulher, cheia de uma compreensão indistinguível da santidade, vê-o da janela, coração a sofrer de amor e de piedade, e apenas lhe pede («com carinho») que não venha tarde, «sabendo que ele vem sempre mais tarde». É este o machismo estritamente português, a meio-caminho entre o «Desculpem qualquer coisinha» e o «Era uma vez um rapaz». Nunca diz, à castelhana, «Quero e posso!»; nem disfarça, à italiana, dizendo «Posso mas não quero».

 

Não. Diz, muito à portuguesa «Não quero, mas o que é que tu queres?, é o que posso...». O homem português nunca tem culpa. Arrepende-se sempre, mas não tem culpa porque não consegue deixar de fazer (por muito que não tente) as coisas que lhe apetece imenso fazer. A mulher, em contrapartida, tem quase sempre culpa. Tem, por exemplo, a culpa de atrair o homem, não porque o queira atrair (o querer ou não é irrelevante), mas, simplesmente, porque é mulher, e ele é homem, e não há absolutamente nada a fazer...

O machismo português não é afirmativo e orgulhoso frente à mulher. É um machismo conjuntivo — «Eu bem gostaria de ser fiel, mas...», ou «Eu bem gostaria de passar mais tempo em casa, mas...», ou ainda «Eu bem gostaria de não ser como sou, mas...». É esse «mas» que torna o machismo português diferente — não é tanto de macho como de «mas», não é tanto um autêntico machismo como um masismo. Ele não é senhor do seu destino, como ela é do dela (e do dele). As coisas acontecem-lhe, ele bem tentou; foi uma coisa que lhe deu, ele nem sequer deu por ela, e, pronto, «o que é que tu queres, filha?», aconteceu...

A relação entre o homem português e a mulher é vista (pelo homem), como a relação que tem cada um com a sua consciência. E, ao passo que cada um pode andar na boa vai-ela (e depois penitenciar-se), o mesmo não se imagina (nem consente!) à consciência. E, o mais engraçado de tudo, é que a mulher que «sabe tudo», até isto sabe. Ou seja: sabe perfeitamente que esta do «Tu sabes bem...» é pouco mais que uma excelente treta que os homens propagam para poderem pensar que se divertem mais do que as mulheres. O que torna a mulher portuguesa ainda mais superior. Claro.


Tudo isto para regressar, sem dor, à questão dos palitos. A tese central, criação única do machismo português, é esta: É muito fácil pôr os palitos a um homem (basta a mulher olhar para outro), mas é quase impossível pôr os palitos a uma mulher (porque nunca se consegue enganar a consciência). Um homem pode ser, por dá-cá-aquela-palha, um «corno manso», o que é muito pior que ser um corno selvagem ou só semicivilizado. Mas não existe, na língua, correspondência para o sexo feminino. Os palitos são uma coisa terrível que as mulheres podem pôr aos homens mesmo sem chegar a pô-los; mas que os homens nunca podem pôr às mulheres, por muito que lhos ponham.

 

Nesta vantajosa lógica, bastante mais complexa e respeitosa do que aquela que anima outros machismos menos atlânticos, se encontra a alegria e a tristeza do autêntico macho português — aquele que vem sempre mais tarde, mas cada vez mais cabisbaixo.

Miguel Esteves Cardoso, in 'A Causa das Coisas'

 

 

 

 

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Segunda-feira, 27 de Dezembro de 2010

A luz dos olhos meus e teus...

escrito no papiro por ACCB às 22:24
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O nome disso não é conselho

  

"Prefira a recomendação da natureza,

que com a justificativa de aperfeiçoar os genes na reprodução,

sugere que você procure alguém diferente de você.

Mas para ter sucesso nessa questão, acredite no olfato e desconfie da visão"

  

  

( Autora desconhecida)

++

+

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Sexta-feira, 24 de Dezembro de 2010

É NATAL

 

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Quinta-feira, 23 de Dezembro de 2010

Aceitam-se cartas ao Pai Natal

 

 

 

 

Meu querido Pai Natal

 

 

De há uns anos para cá venho guardando cartas que te são destinadas e tu sabes ler enquanto eu durmo.

 

Tenho-as escondidas pelos livros que li, por malas,... e até já têm aparecido, em bolsos de casacos velhos que ainda visto, como se fossem notas der 500 euros.

  

Depois vou juntando uma a outra e outra e outra, ao longo dos anos.

 

 As primeiras que guardei e leste, tinham letras pequeninas e palavras mal combinadas mas que faziam todo o sentido.

 

 

Passavas, em noite de data certa, pela lareira e lá levavas as cartas das quais depois, só ficavam mesmo as letrinhas alinhadas, porque os desejos tinham ido contigo para voltarem numa noite mágica de família reunida à volta da mesa.

 

 Este ano  como sempre, desde que deixei de ser criança não sei que te hei-de pedir. Mas até a existência do meu pedido fará magia na noite de Natal.

 

 Todos esperam que eu diga:- "Eu este ano quero"....só para que a magia não se quebre. Vejo isso nos olhos dos meus filhos....porque eu digo-lhes que acredito em ti .

   

Sabes Pai Natal, o que eu queria mesmo era serenidade dentro de mim e dos outros. Certezas, seguranças, sonhos, verdades e coragem.

 

 O que eu queria mesmo era respirar fundo e e perder de vez as descrenças, as raivas, como se lavasse a alma e voltasse a ser criança.

  

 

Do que eu gosto mais é mesmo do Tempo, Pai Natal. Mas nunca tenho o domínio do tempo. O que eu queria mesmo era dias de 48horas, que eu pudesse ocupar com as mesmas horas de trabalho de sempre e, depois, uma manta quente nas pernas enrolada no sofá com os filhotes, ou pela noite dentro a sós com um livro, ou uma conversa de amigos sem fim,...talvez dormir de vez enquando  para poder olhar o dia com um sorriso.

  

 Trazes-me mais Tempo Pai Natal?

 

 Talvez um relógio novo daqueles que existem no Mundo das fadas.... ou no pó dos anjos....

 

Tempo,...espaço,.... tempo.............

  

Este ano quero tempo. Não para mim  mas para dar e partilhar e ganhar tempo...

 

  Tens? Podes trazer?

 

 

  

PS.- Já agora traz-me de volta amigos antigos que se perderam por aí mas permanecem aqui.

 

 ACCB

 _______________________ 

 

 

 

Antonio Lopes

  

 

 

"Querido Pai Natal

 

 

antes de fazer o rol, e para ter uma opinião bem definida e sem levantar qualquer suspeita de inconstitucionalidade, define p.f.

 

 

"portar-se bem"

 

 Grato desde já pela atenção na resposta

 um abraço deste teu admirador que até já teve o cuidado de mandar limpar os tubos do exaustor (sabes, cá em casa não há lareira... e tinhas que entrar por algum lado... e não sei se a hora mais conveniente para ti é a minha hora de sono retemperador)

 

 

 

 ____________________________

 

Dulce João

 

  

Olá Pai Natal.

 

 

 

Quando era criança ia beijar os teus pés, tinhas corpo de bebé e cara de menino, estavas deitado numa caminha de palha. Eras tu que deixavas as prendas na lareira da minha casa enquanto eu dormia, bem tentei espreitar, mas nunca te consegui ver. Era a úinica noite do ano em que me sentia criança.

 

 Sabes, depois cresci, e tu desapareceste da minha vida.

 

 Foram muitos anos passados a trabalhar numa ânsia de conseguir, as casas, os carros, as joias, esqueci-me de ti que não eras uma pessoa, esqueci-me das pessoas, e até me esqueci de mim.

 

 Quando te quis apresentar aos meus filhos, estavas velho e gordo, com umas barbas brancas. Não sei como envelheceste tão depressa, deve ser da vida que tiveste, a vida faz-nos envelhecer...até há vidas que nos matam, antes mesmo de morrermos...

 

 Lembras-te das prendas que davas aos meus filhos? As últimas e todas as novidades, não era Pai Natal? Mas era o melhor para eles? Como Pai nunca me disseste que o que os filhos querem dos pais é um coisa tão simples e que não é preciso esperar pelo Natal, podemos dar todo o ano...tempo...os filhos apenas querem dos pais o seu tempo, é não é Pai Natal?

 

 Sabes nesses Natais eu também tinha sempre boas prendas, mas também sabes que nunca tive a prenda que realmente queria, mas também sabes que eu não sabia que não queria o que pedia, apenas o que tinha iludia o que realmente queria mas não tinha, confuso? Tu sabes que não...

 

 

 Olha Pai Natal, este ano vou ser pouco exigente contigo, não precisas de descer pela chaminé, nem de vir de Renas,...como andas ai pelos céus...perto de Deus, sim eu sei que não acredito em Deus...mas no fundo, no fundo acho que tu e Ele, devem falar de vez em quando...

 

 

Como prenda neste Natal de 2010...

 

Quero brilho nos olhos dos meus filhos...

  O meu tempo eu aprendi com o tempo...que apenas vou ter tempo para Eles.

  

DJ

  

18/12/2010

__________________________________________ 

 

 

 

 

Elsa Gonçalves

 

CARTA AO PAI(?) NATAL

 

 

 

Não sei bem como te escrever, pois desconheço a linguagem das divindades.

 

Sei o teu segredo. Sei porque não te revelas e leio-te o sagrado nas mãos que escondes nas luvas brancas. Disfarças-te no vermelho, no medo que tens em vejam o azul da tua alma.

 

 Mas mesmo em retiro o ano inteiro, fazes sempre magia.

 

 Não tenho nada a pedir-te. Não quero que faças nada por mim. Faz pelos que amas.

  

Não tenho nada e pedir-te ...tenho a agradecer-te.

  

Por estares aí e continuares a existir para mim, por mim;

  

Por te reinventares nas formas em que apareces nas pequenas coisas que me fazem sorrir.

 

 Peço a Deus, que é teu amigo do peito, que chovam partículas de luz do céu e nos encham de amor.

  

Porque amar, é tudo o que precisamos.

  

Gosto de ti desde sempre... não preciso dizer-te por escrito, tu sabes.

 

Até p'rá semana?

 

 _______________________

 

 Inês Oliveira

 

 Querido pai natal, gostava de poder ir passar a passagem de ano à figueira da foz.

 

 

Obrigada

 

 

_______________________ 

 Conceição Castro

 

 

 

CARTA AO 'PAI' NATAL...

 

  

Desenham-te como um homem idoso de barbas brancas… talvez seja um disfarce, talvez o ‘Pai Natal’ não exista porque, sob o fato vermelho, esteja uma mulher… das que desafiam o tempo e a idade, das que tudo sentem com... o coração. Uma mulher que lê o que calamos no pouco que ainda contamos. Talvez tu me entendas como ninguém. Talvez saibas que pedir ao céu, ao meu anjo, ao Universo… um ‘cavaleiro ficante’, que ame uma mulher pela cor da alma, pelo calor do afecto que se estende ao sorriso… aos dedos que afagam os cabelos e as dores, é uma partícula de esperança a que me abraço, para não naufragar no silêncio da solidão. Talvez tu me entendas e, nos trilhos dos voos das aves migratórias, leias onde é que ele está e mo contes… baixinho, em segredo. Eu aprendo a abrir as asas e vou ter com ele. Palavra de mulher! Mesmo que não me respondas… dá-me alegria para continuar a vida sozinha. Não é fácil, sabes? Não é fácil… mas eu não conheço a palavra ‘desistir’. Ofereço-te, a ti, o meu abraço suave e embalado… o que guardo para quem gosto muito. É que eu acredito em ti…

 

 

  

_________________________ 

 

 

 

Dulce João

 

 

Meu querido pai Natal

 

 

 

De há uns anos para cá...., corrijo,

 

De há uns meses para cá, apareceram neste monitor umas imagens diferentes das habituais...antes disso só tinha números e mais números, horriveis...mas escondidos numas bolinhas vermelhas o monitor começou a ficar cheio de imagens bonitas...

 

Seriam as mesmas bolas vermelhas que se recusaram a ir para uma qualquer caixa de cartão até ao próximo Natal?(este), não sei...

 

 Só sei que essas imagens mudaram a minha vida, enriqueceram-na, ensinaram-me a gostar de pessoas, deram-lhe um brilho diferente...

 

Serão Anjos?

 

 Mas os Anjos não existem, ou existem?

 

Vês até já faço perguntas sobre o Divino!!!

 

 Foste tu Pai Natal?

 

Não interessa pois não?

  

Olha faz-me um favor diz a todas essas Imagens que hoje fazem parte do meu Grupo de Amigos que mudaram a minha vida, pelos Anjos, pelas Imagens...olha sei lá pelas Pessoas que são.

 

 E por isso neste Natal não te peço nada.

 

 Já tive neste ano 2010 mais do que esperava e talvez mais do que merecia.

 

Pensando melhor, afinal peço...

 

 

Faz com que esses Anjos, Imagens, Pessoas, nunca saiam da minha vida...porque nesse dia...

 

Ficarei muito, mas muito pobre.

 

 

 

____________________________________ 

 

 

 

Angela Pieruccini

 

 

Pai Natal

 

 

Esta carta é de uma criança que nunca foi criança, e talvez por isso não goste e nem se aproxime do Senhor.Então os pedidos ficaram nessa infância perdida e jamais reencontrada pela vida afora.

  

Nesse caso esta criança apenas pode ag...radecer todas as graças recebidas ao longo dos anos, principalmente a graça das pessoas maravilhosas que ela encontrou no mundo e fez delas, isto sim, seus presentes de todos os Natais. Incluindo a pessoa que fez com que ela, depois de milhares de anos, aceitasse, ao menos, escrever essa pequena carta.

 

Obrigada

 

 

 

 ____________________________

 

 

 

José Luís Outono

 

 

Meu querido Pai natal

 

  

...gostaria tanto de ter aquele grão de felicidade...e aquele grama de saúde.

 

 Não te preocupes com o embrulho...ainda sou capaz de sorrir....quando olhar para a chaminé...

  

Não te empato mais....deves ter um mundo de olhos... carentes à tua espera...e eu já só espero ver-te para o ano ...talvez...para o outro...talvez...

  

Sabes....barbudo? Nunca acreditei em ti...mas respeito-te!

 

Cuida-te...não engordes muito....olha a máquina....e depois não culpes as renas....dos despistes...

 

 

 

 ____________________________________________

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Então é Natal.............

 

-Foto ACCB -

 

*

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Estreia hoje nos cinemas nacionais.

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Ser feliz é.....

 
 
 
 
Ser feliz é um estado de alma que acontece quando
 de manhã o dia cheira a manhã,
à tarde o dia cheira a pôr -do -sol e
 à noite o dia cheira a Verão ainda que seja Inverno. ;-)
 
ACCB
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Segunda-feira, 20 de Dezembro de 2010

Aromas e memórias...lindo.

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Domingo, 19 de Dezembro de 2010

Wish you'd hold that smile

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Quarta-feira, 15 de Dezembro de 2010

Comer Orar Amar

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To the moon

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La Luna

  

  


La Luna se puede tomar a cucharadas
o como una cápsula cada dos horas.
Es buena como hipnótico y sedante
...y también alivia
a los que se han intoxicado de filosofía.
Un pedazo de luna en el bolsillo
es mejor amuleto que la pata de conejo:
sirve para encontrar a quien se ama,
para ser rico sin que lo sepa nadie
y para alejar a los médicos y las clínicas.
Se puede dar de postre a los niños
cuando no se han dormido,
y unas gotas de luna en los ojos de los ancianos
ayudan a bien morir.

Pon una hoja tierna de la luna
debajo de tu almohada
y mirarás lo que quieras ver.
Lleva siempre un frasquito del aire de la luna
para cuando te ahogues,
y dale la llave de la luna
a los presos y a los desencantados.
Para los condenados a muerte
y para los condenados a vida
no hay mejor estimulante que la luna
en dosis precisas y controladas.

jaime sabines

 

 

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The Days of Wine and Roses

 

 

.....na minha mão há um lugar exacto para os dedos errantes dessa brisa leve

onde habitam as pétalas da rosa intangível ...

dos amantes

 

Jorge Campos

 

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Terça-feira, 14 de Dezembro de 2010

Queda Proibido

escrito no papiro por ACCB às 23:25
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SORRISO DA LININHA

 


Cheira a maresia o teu olhar
Tem o gosto a pôr do sol
em tarde de Outono.
...Cheira a maresia o teu olhar
E a maré que traz o som do teu riso,
franco, aberto, envolvente
enche a minha alma com carinho.
Encontro-te no fim de cada onda
que me atiras como um desafio
Encontro-me em cada areal
Onde te estendes…

Cheira a maresia o teu olhar
E o teu sorriso tem o som
Do brilho do luar…
  

 

E.G.
 
---
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:-)

  

  

Alguém disse que celebrava o meu sorriso como um direito dos meus amigos.

~

 

É bom.

 

----------------

 

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Segunda-feira, 13 de Dezembro de 2010

Amigo

  

  

  

 

Amigo, palavra que se constrói na verdade do sentimento.

 

Percursos de vida, partilhas, caminhos que se cruzam mas nunca por acaso.

 

 

ACCB

-

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A song for you

escrito no papiro por ACCB às 17:00
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La mer, oh la mer!

 

 

 

La mer
Qu'on voit danser le long des golfes clairs
A des reflets d'argent
La mer
Des reflets changeants
Sous la pluie

La mer
Au ciel d'été confond
Ses blancs moutons
Avec les anges si purs
La mer bergère d'azur
Infinie

Voyez
Près des étangs
Ces grands roseaux mouillés
Voyez
Ces oiseaux blancs
Et ces maisons rouillées

La mer
Les a bercés
Le long des golfes clairs
Et d'une chanson d'amour
La mer
A bercé mon coeur pour la vie

escrito no papiro por ACCB às 16:37
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Sábado, 11 de Dezembro de 2010

Assoma-te à janela

( Foto Conceição Castro)

 

 

Assoma-te à janela, agora que não somos mais que lembranças de nós mesmos. Vem espreitar-nos, lá em baixo, sentados na esplanada, conversando de nada e olhando tudo dentro de nós.
Saboreia o  bolo do teu aniversário,...lembro-me que o fizeste a correr, por entre uma gravata bem posta e um botão desapertado até chegares a mim.

 

Assoma-te à janela.
Vês a memória ao fundo? Era uma tarde bonita com reflexos dourados cortando os espaços entre as folhas verdes.
Ainda há nos perfis o gesto debruçado sobre as palavras e os desejos, o momento mágico em que o bolo de chocolate era cozinhado por fadas  para que a magia pairasse à nossa volta.

 

Vem, assoma-te à janela, encosta-te ao ombro da minha imaginação e descansa as saudades no meu peito.... Há espaço para muito mais.

 

ACCB

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I have

escrito no papiro por ACCB às 00:34
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Quinta-feira, 9 de Dezembro de 2010

TANGO

escrito no papiro por ACCB às 23:09
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Sonhos

escrito no papiro por ACCB às 22:15
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Devia....

 

...devia tê-la julgado pelos atos, não pelas palavras...

 

Pequeno Príncipe

escrito no papiro por ACCB às 07:45
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A luz dos olhos meus

 

Ainda me lembro muito bem o dia em que pela primeira vez escutei esta canção com muita atenção ...........

escrito no papiro por ACCB às 00:18
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Quarta-feira, 8 de Dezembro de 2010

Música pela noite dentro

escrito no papiro por ACCB às 00:56
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Terça-feira, 7 de Dezembro de 2010

Por qué se ama?

 

 

Cuán extraño es ver un solo ser en el mundo,

 

tener un solo pensamiento en el cerebro,

 

un solo deseo en el corazón y un solo nombre en los labios...

 

un nombre que asciende continuamente,

 

como el agua de un manantial,

 

desde las profundidades del alma hasta los labios,

 

un nombre que se repite una y otra vez,

 

que se susurra incesantemente,

 

en todas partes,como una plegaria...

 

(Guy de Maupassant)

 

 

 

escrito no papiro por ACCB às 23:51
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Chá, nunca é demais

escrito no papiro por ACCB às 08:59
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Domingo, 5 de Dezembro de 2010

Mote

"Hoje tens o gosto da chuva,
dos ventos e
da tempestade"

 

 

 

Não dizes nada.
Chegas com os cabelos despentados pela chuva
porque esqueceste no carro o chapéu que te ofereci
Também deixaste a gabardina esquecida
Vens à intempérie
de saudade aberta nos olhos
Trazes a zanga da ausência
Mimos de nada que te não disse
Não me falas e olhas-me com a censura pendurada nas mãos
tens nos lábios cansaços e lágrimas que não choras
Não sei onde te perdeste
 se na chuva ou na maré alta que bate na muralha
pareces um fantasma de tempos em que o Inverno
se pendurava nas pontas dos raios de sol
Não há nada alegre em ti
A mágoa tomou conta do teu sorriso
Sei que há palavras por dizer
talvez memórias para contar
Quem sabe  lágrimas para partilhar
mas silencias a alma e guardas no bolso o ontem e o amanhã
sais e levas o hoje contigo.
Ainda me olhas quando desces a rua e eu penso:
 - Dizes-me ou calas?

 

ACCB

 

escrito no papiro por ACCB às 22:00
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