Terça-feira, 30 de Novembro de 2010

Fernando Pessoa 30.11

 

( Norberto Nunes pinta Pessoa -"Quanto fui, quanto não fui, tudo isso sou"

 

 

Acordo de noite subitamente.
E o meu relógio ocupa a noite toda.
(...)

O meu quarto é uma coisa escura com paredes vagamente brancas.
Lá fora há um sossego como se nada existisse.
Só o relógio prossegue o seu ruído.


E esta pequena coisa de engrenagens que está em cima da minha mesa
Abafa toda a existência da terra e do céu...
Quase que me perco a pensar o que isto significa,


Mas estaco, e sinto-me sorrir na noite com os cantos da boca,
Porque a única coisa que o meu relógio simboliza ou significa
É a curiosa sensação de encher a noite enorme
Com a sua pequenez...

Fernando Pessoa

 

 

Fernando António Nogueira Pessoa (Lisboa, 13 de Junho de 1888Lisboa, 30 de Novembro de 1935), mais conhecido como Fernando Pessoa, foi um poeta e escritor português.

É considerado um dos maiores poetas da Língua Portuguesa, e da Literatura Universal, muitas vezes comparado com Luís de Camões.

 

 

escrito no papiro por ACCB às 18:00
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30.11..........................

 

LEMBRO-ME DE QUANDO ME DAVAS A MÃO

 

E

 

AINDA NÃO ESQUECI

 

_____________

escrito no papiro por ACCB às 00:01
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Segunda-feira, 29 de Novembro de 2010

Não te amo

 
"Mas não te amo
não te amei nunca e nunca te amarei (...)
Não se ama nunca a quem olhamos tanto (...)
À luz que te recorta é que estou preso"
 
 Jorge de Sena
escrito no papiro por ACCB às 23:26
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As palavras essenciais

  

  

 

 

"Quais são as tuas palavras essenciais?

As que restam depois de toda a tua agitação e projectos e realizações.

As que esperam que tudo em si se cale para elas se ouvirem.

As que talvez ignores por nunca as teres pensado.

As que podem sobreviver quando o grande silêncio se avizinha."

 

Virgílio Ferreira in 'Escrever'

escrito no papiro por ACCB às 16:03
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QUE FIZESTE DAS PALAVRAS?

     Que fizeste das palavras?
     Que contas darás tu
     dessas vogais
     de um azul tão
     apaziguado?

     E das consoantes, que
     lhes dirás,
     ardendo entre o fulgor
     das laranjas e o sol dos
     cavalos?

     Que lhes dirás, quando
     te perguntarem pelas
     minúsculas
     sementes que te
     confiaram?

 

 

                      Eugénio de Andrade 

escrito no papiro por ACCB às 07:37
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Opinião de uma brasileira, ali no azul anil

OS DONOS DA GUERRA

 

Possivelmente o Rio de Janeiro nesse momento simbolize uma das maiores feridas abertas do nosso país:  os resultados da corrupção em todos os níveis, incluindo os mais altos escalões do governo, assim como um comportamento recorrente da  sociedade civil brasileira: ora passiva e sem memória diante dos fatos, ora ingênua e sem crítica diante de imagens abertamente sensacionalistas. Falta apenas cantar o Hino Nacional antes de subir o morro, fazendo justiça entre balas de fuzil e aplausos comovidos da mídia. Protegida, evidentemente.

 

Assim nascem os heróis. O Governador Sérgio Cabral e o BOPE, tropa de elite da polícia carioca. Esses seriam os “mocinhos”. Os “bandidos”? Traficantes de drogas residentes nas favelas, geralmente pobres, normalmente negros (essa palavra é proibida?), ou seja, somente a ponta do iceberg.

 

Violentos? Os dois lados, não há mocinhos e bandidos numa Guerra Civil.

Existe apenas terror e morte. Isso tornou-se absolutamente necessário?  Não sei, contudo o exercício de pensar não é um exercício desprezível, bastando um pouco, somente um pouco de reflexão.

Quem seriam de fato os mocinhos e os bandidos, uma vez que até ontem as armas dos traficantes eram fornecidas pela própria polícia e inclusive pelo exército? Estatisticamente está comprovado: 90% das armas usadas no narcotráfico são nacionais. Não está óbvio qual é a sua origem?  Assim como a mesma obviedade garante que isso  estava reconhecido pelas devidas autoridades, normalmente responsáveis  pela segurança da população  e não o contrário.

 

Delegados, Políticos, Secretários de Segurança, Prefeitos, Governadores. Ainda mais alto? Quem sabe.

Seguindo na linha de raciocínio, onde estão as prisões  dos verdadeiros líderes  do crime organizado? Estes nunca estiveram dentro do Morro do Alemão ou no Vidigal, ainda menos em Bangu I, II, III...ad infinitum. Ah, não. Coberturas no Leblon ou Ipanema, Mansões no Lago Sul de Brasília, talvez Estados Unidos da América.

 

O mundo não tem fronteiras quando o colarinho é branco e a fortuna imensa, embora manchada de sangue. Para estes também vai ser apontado o fuzil, enquanto eles rezam o último pai-nosso? E os vereadores, deputados e senadores, ou seja,  os membros do legislativo financiados pelo Elias Maluco ou Fernandinho Beira-Mar, cada qual a seu tempo? Não estou presenciando esta sequência post-mortem televisionada, verdadeiro indício de mudanças. 

 

Se tudo fosse absurdamente simples  de ser solucionado, como mostrado em menos de uma semana, o que estiveram fazendo nossos governantes, inclusive o último, mantendo toda uma população em estado de terror permanente, sofrendo tortura e assassinato de inocentes dia após dia, ano após ano? Se tudo fosse absurdamente simples, ninguém merecia aplausos, e sim no mínimo tornar-se inelegíveis, pelo tempo onde nada fizeram, pelos interesses ocultos na situação, pelas vidas humanas desperdiçadas.

 

Porque até então, não era conveniente a solução.

De repente, e de forma estranha logo após uma eleição presidencial, tudo tornou-se absurdamente simples. E minha sensação é de estar num circo mambembe, fazendo parte de um  espetáculo de quinta categoria. No papel de palhaço. Mas um palhaço de sorriso amargo, que deixa um fio de lágrimas borrar toda a maquiagem. Pensando no jornalista brutalmente assassinado porque foi “impossível” achar seu cativeiro naquele momento.

 

Agora parecem achar até o que nunca existiu. Pensando nas balas perdidas ceifando gente e mais gente, enquanto estes mesmos governantes gritavam nos jornais que não havia soluções. Agora havia soluções. Pensando nos chefes do Comando Vermelho, Terceiro Comando, etc...liderando “arrastões” desde o interior dos presídios. Com a conivência  de todos, se piscar, até de Jesus Cristo e os Apóstolos.

 

O sistema sempre alimentou esta guerra, pois as mesmas autoridades agora posando para fotos cinematográficas, sempre puderam  fazer o que agora foi feito. Se isso ocorreu, o próprio sistema assim decretou. Mas com limites, nada de subir até onde estão os verdadeiros mandantes, os verdadeiros milionários da droga. Basta a favela, as câmarasde tv e um batalhão saído dos filmes de “Rambo, Programado Para Matar”. Chega para o povo e para os turistas que necessitam vir na Copa e nas Olímpiadas.

 

 

Contudo, agora é nossa responsabilidade fazer subir, tornar o teatro uma peça real. Senão a tendência será  uma “falsa”paz por um período breve de tempo, até tudo recomeçar. Quando a raiz não é cortada, todas as árvores renascem. Em maior ou menor tempo.

É nossa responsabilidade tirar o dominó de palhaço. Pode ser que assim, finalmente, sejamos respeitados.

 

Angela Pieruccini ( Rio Grande do Sul)

( Psicóloga - Mestrado em Dinâmica dos Grupos, Consultora em empresas em Mudança Organizacional )
 
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escrito no papiro por ACCB às 02:20
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Domingo, 28 de Novembro de 2010

Dificil marcar café....

escrito no papiro por ACCB às 22:23
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Vou-te contar............

escrito no papiro por ACCB às 20:55
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Há coisas que eu sei

 

 

 

E compro aparelhos que eu não sei usar

 

Eu moro num cenário no lado imaginário e entro e saio sempre que eu estou a fim.

 

São coisas que eu antes não sabia.

 

Agora eu sei.

escrito no papiro por ACCB às 17:07
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De repente,...a marginal

escrito no papiro por ACCB às 12:57
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Sexta-feira, 26 de Novembro de 2010

SARAVAH

escrito no papiro por ACCB às 01:08
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Quinta-feira, 25 de Novembro de 2010

Eliminação da Violência contra a Mulher

  

 

Em 1999, as Nações Unidas (ONU) designaram oficialmente 25 de Novembro como Dia Internacional pela Eliminação da Violência  contra a Mulher.

 

Antes desta indicação da ONU, o dia 25 de Novembro já era vivido pelo movimento internacional de mulheres. A data está relacionada com a homenagem a Tereza, Mirabal-Patrícia e Minerva, presas, torturadas e assassinadas em 1960, a mando do ditador da República Dominicana Rafael Trujillo.

 

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    escrito no papiro por ACCB às 01:03
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    Quarta-feira, 24 de Novembro de 2010

    Quero um erro de gramática que refaça

      

      

     

     

     

    Quero um erro de gramática que refaça

    na metade luminosa o poema do mundo,

    e que Deus mantenha oculto na metade nocturna

    o erro do erro:

    alta voltagem do ouro,

    bafo no rosto.

      

     

    ( faz hoje 80 anos ) Helder, Herberto,

     

    “Poesia Toda”, Lisboa: Assírio & Alvim, 1996.

     

     

    escrito no papiro por ACCB às 23:28
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    - Código Penal -

     
     

    As normas estão lá, perfeitas, sublimes na gélida vocação de uma certeza.

    São névoas em que as palavras têm a densidade de uma ética imaginária.

    Sílaba a sílaba, aprende-se que há gestos que ferem, matam, criam a desordem e traiem o silêncio.

    Ninguém o lê, a não ser por dever do ofício.

     E, no entanto, tem a textura de uma poesia absurda.

     Cada artigo parece um despropósito da evidência, soletrando o que é inabitável.

    Num texto sagrado, procura-se a esperança, a redenção, ou o discurso ancestral do medo.

     Aqui, aprende-se a hierarquia da pobreza.

    Aquele é um artefacto que conduz à ilusão.

    Este é uma realidade ponderada nas virtudes do prosaico.

     Ninguém pauta uma vida por um código.

    O que não é importante.

    As penas da lei não se confundem com as penas da alma.

    O crime é, antes de o ser, uma abstracção.

    Depois de o ser, é a desesperança para sempre instalada na memória.

     

    (Floriano Cardoso)

    escrito no papiro por ACCB às 21:00
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    Da inconstitucionalidade dos cortes salariais previstos no OE

     

    ou

    de por que é que os juizes podiam ter feito greve e

    de por que é que não fizeram

     

    AQUI

    -

     

    escrito no papiro por ACCB às 14:23
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    (Cleopatra), Giulio Cesare in Egitto

    QUANDO VOGLIO

    "

     

     

    escrito no papiro por ACCB às 02:08
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    Terça-feira, 23 de Novembro de 2010

    Estado civil

      

      

      

     

     

     

    "A um perguntaram uma vez num tribunal por aquilo que eu falei como sendo o oficial "estado civil".

    Respondeu «apaixonado», a verdadeira essência humana de todos os estados possíveis,

    mesmo que não averbado em nenhuma conservatória desta prosaica terra.

     

    Porque há coração para lá de toda a cidadania.

    E isso é a vida!"

      

    AB

    escrito no papiro por ACCB às 23:23
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    A Ver para Pensar

     

     

    Até que ponto os nossos ideiais de defesa e segurança, de Justiça e Verdade,  não nos tornam criminosos?

    A nós e aos Estados a que pertencemos como Nação.

     

     

     

     

     

    escrito no papiro por ACCB às 23:14
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    Conhecem o Jazz em Português?

    escrito no papiro por ACCB às 00:50
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    Segunda-feira, 22 de Novembro de 2010

    BOM DIA!

    escrito no papiro por ACCB às 08:18
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    Carta ( esboço)

     

     

     

     

     

    Lembro-me agora que tenho de marcar um

     

    encontro contigo, num sítio em que ambos

     

    nos possamos falar, de facto, sem que nenhuma

     

    das ocorrências de vida venha

     

    interferir no que temos para nos dizer. Muitas

     

    vezes me lembrei de que esse sítio podia

     

    ser, um lugar sem nada de especial,

     

    como um canto de café, em frente de um espelho

     

    que poderia servir de pretexto

     

    para reflectir a alma, a impressão da tarde,

     

    o último estertor do dia antes de nos despedirmos,

     

    quando é preciso encontrar uma fórmula que

     

    disfarce o que, afinal, não conseguimos dizer. É

     

    que o amor nem sempre é uma palavra de uso,

     

    aquela que permite a passagem à comunicação

     

    mais exacta de dois seres, a não ser que nos fale,

     

    de súbito, o sentido da despedida, e que cada um de nós

     

    leve, consigo, o outro, deixando atrás de si o próprio

     

    ser, como se uma troca de almas fosse possível

     

    neste mundo. Então, é natural que voltes atrás e

     

    me peças: «Vem comigo!», e devo dizer-te que muitas

     

    vezes pensei em fazer isso mesmo, mas era tarde,

     

    isto é, a porta tinha-se fechado até outro

     

    dia, que é aquele que acaba por nunca chegar, e então

     

    as palavras caem no vazio, como nunca tivessem

     

    sido pensadas. No entanto, ao escrever-te para marcar

     

    um encontro contigo, sei que é irremediável o que temos

     

    para dizer um ao outro: a confissão mais exacta, que

     

    é também a mais absurda, de um sentimento; e, por

     

    trás disso, a certeza de que o mundo há-de ser outro no dia

     

    seguinte, como se o amor, de facto, pudesse mudar as cores

     

    do céu, do mar, da terra, e do próprio dia em que nos vamos

     

    encontrar, que há-de ser um dia azul, de verão, em que

     

    o vento poderá soprar do norte, como se fosse daí

     

    que viessem, nesta altura, as coisas mais precisas,

     

    que são as nossas: o verde das folhas e o amarelo

     

    das pétalas, o vermelho do sol e o branco dos muros.

     

     

    Nuno Júdice

     

     

    escrito no papiro por ACCB às 01:07
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    Domingo, 21 de Novembro de 2010

    Música pela noite dentro

    escrito no papiro por ACCB às 01:40
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    Sábado, 20 de Novembro de 2010

    Procuro-te

     

     

    Procuro a ternura súbita,
    os olhos ou o sol por nascer
    do tamanho do mundo,
    o sangue que nenhuma espada viu,
    o ar onde a respiração é doce,
    um pássaro no bosque
    com a forma de um grito de alegria.

    Oh, a carícia da terra,
    a juventude suspensa,
    a fugidia voz da água entre o azul
    do prado e de um corpo estendido.

    Procuro-te: fruto ou nuvem ou música.
    Chamo por ti, e o teu nome ilumina
    as coisas mais simples:
    o pão e a água,
    a cama e a mesa,
    os pequenos e dóceis animais,
    onde também quero que chegue
    o meu canto e a manhã de maio.

    Um pássaro e um navio são a mesma coisa
    quando te procuro de rosto cravado na luz.
    Eu sei que há diferenças,
    mas não quando se ama,
    não quando apertamos contra o peito
    uma flor ávida de orvalho.

    Ter só dedos e dentes é muito triste:
    dedos para amortalhar crianças,
    dentes para roer a solidão,
    enquanto o verão pinta de azul o céu
    e o mar é devassado pelas estrelas.

    Porém eu procuro-te.
    Antes que a morte se aproxime, procuro-te.
    Nas ruas, nos barcos, na cama,
    com amor, com ódio, ao sol, à chuva,
    de noite, de dia, triste, alegre — procuro-te.

    Eugénio de Andrade, in "As Palavras Interditas"

     

     

    escrito no papiro por ACCB às 21:48
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    Escrevi isto em 27.3.2009.

     

    NATO - Escudo anti missil /desarmamento

    Jogos de Guerra - Dtos Humanos - satélites ou mísseis


    A questão colocou-se de novo, embora de outra forma,

    na Cimeira da NATO hoje em Lisboa.

     

     AQUI

     

    Escudo anti missil /desarmamento

     

    **

    +

    escrito no papiro por ACCB às 01:33
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    Segunda-feira, 15 de Novembro de 2010

    Pensamento do dia

       Este ano, no dia do meu aniversário, deram-me prendas muito bonitas e com muito conteúdo.

       Esta foi a que mais me tocou e, o mais engraçado, é que só depois soube que era para mim.

       Provocou uma sensação indescritível de responsabilidade e carinho,....

     

      eu não sei quem sou .

     

     

     

     

    "O Homem de sucesso é o que viveu bem, riu muitas vezes e amou bastante; que conquistou o respeito dos homens inteligentes e o amor das crianças; que galgou uma posição respeitada e cumpriu suas tarefas; que deixou este mundo melhor do que encontrou, ao contribuir com uma flor mais bonita, um poema perfeito ou uma alma... resgatada; que buscou o melhor nos outros e deu o melhor de si."

      

    Robert Louis Stevenson

    escrito no papiro por ACCB às 23:13
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    Domingo, 14 de Novembro de 2010

    INTERVALO

    escrito no papiro por ACCB às 12:01
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    Sábado, 13 de Novembro de 2010

    Esplanadas de Sábado

    Esplanada desenhada por Eduardo Salavisa
     

     

    Gosto de esplanadas de sábado com sol por cima e mar ao fundo. Hoje há um véu cinzento de Outono a caminhar para o Inverno.  

     

    Não gosto do véu cinza nevoeiro.

    É frio e tem os dedos compridos e magros. Toca-me os cabelos e deixa-lhes lágrimas na cor.


    Na esplanada o sol aquece-me sempre a alma se está e, o mar sorri-me se lhe sente a presença.


    O nevoeiro traz imagens antigas, de naufrágios e olhos tristes, vozes que chegam de longe, de um local que já não existe...

     

    ACCB

    escrito no papiro por ACCB às 16:23
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    Aniversário

      

      

     

     

     

     

    O CLEOPATRAMOOON FEZ 5 ANINHOS ONTEM DIA 12  - LEMBROU-ME O PEDRO

     

     

     

    O Pedro é o artista que desenhou a imagem do blog.

    Lembrou-me, porque eu por vezes esqueço-me das datas.... Esqueci-me do aniversário do meu Blog . E,... gosto tanto dele.

     

    Pronto. Fica aqui assinalado algo que faz parte da minha vida....

     

    Parabéns para o Cleopatramoon pelos leitores que tem

    ........................

    escrito no papiro por ACCB às 13:40
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    Quinta-feira, 11 de Novembro de 2010

    November

    escrito no papiro por ACCB às 00:01
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    Quarta-feira, 10 de Novembro de 2010

    Declaração Universal Direitos do Homem

     

     

    aprovada nas Nações Unidas em 10 de Dezembro de 1948

     

    e publicada no Diário da República

     

    de Portugal

     

    em 9 de Março de 1978

     

     

     

     

     TRIBUNAL EUROPEU

     

    escrito no papiro por ACCB às 00:01
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    Sábado, 6 de Novembro de 2010

    E fechar a porta

    Debruço-me e escrevo. Como um novelo  enrolo-me em mim mesma. Acho que queria fechar uma porta e sentar-me na areia a ver o sol descer no fio azul do horizonte.
    Mas, não tive coragem de pegar no carro e ir. Ir para onde eu pudesse ficar enrolada sobre mim mesma, fechar os pensamentos à chave e descer as pestanas,...ver o dia a adormecer lá no fim da tarde, sem sons de fundo que não fossem os das ondas repetidas a cantar nas rochas, ali, em baixo, onde o passear descalço sabe bem,...mesmo quando   chegam os frios.
    Debruço-me e escrevo mas, não consigo fechar a porta.
     
    ACCB 
    escrito no papiro por ACCB às 17:32
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    Minha estrela da Tarde

     

     

    Era a tarde mais longa de todas as tardes que me acontecia
    Eu esperava por ti, tu não vinhas, tardavas e eu entardecia
    Era tarde, tão tarde, que a boca, tardando-lhe o beijo, mordia
    Quando à boca da noite surgiste na tarde tal rosa tardia

    Quando nós nos olhámos tardámos no beijo que a boca pedia
    E na tarde ficámos unidos ardendo na luz que morria
    Em nós dois nessa tarde em que tanto tardaste o sol amanhecia
    Era tarde de mais para haver outra noite, para haver outro dia

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    escrito no papiro por ACCB às 02:30
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    Inveja - nota informativa

     

    "Inveja

     

    é um sentimento de aversão ao que o outro tem e a própria pessoa não tem. Este sentimento gera o desejo de ter exatamente o que a outra pessoa tem (pode ser tanto coisas materias como qualidades inerentes ao ser)e de tirar essa mesma coisa da pessoa, fazendo com que ela fique sem. É um sentimento gerado pelo egocentrismo e pela soberba de querer ser maior e melhor que todos, não podendo suportar que outrem seja melhor.

     

    A origem latina da palavra inveja é "invidere" que significa "não ver". Com o tempo essa definição foi perdendo o sentido e começado a ser usado ao lado da palavra cobiça, que culminou, então, no sentido que temos hoje.

    Os indivíduos disputam poder, riquezas e status, aqueles que possuem tais atributos sofrem do sentimento da inveja alheia dos que não possuem, que almejariam ter tais atributos. Isso em psicologia é denominado formação reativa: que é um mecanismo de defesa dos mais "fracos" contra os mais "fortes".

     

    A inveja é originária desde tempos antigos, escritos em textos, que foi acentuado no capitalismo e no darwinismo social, na auto-preservação e auto-afirmação, a inveja seria, popularmente falando, a arma dos "incompetentes".

    Numa outra perspectiva, a inveja também pode ser definida como uma vontade frustrada de possuir os atributos ou qualidades de um outro ser, pois aquele que deseja tais virtudes é incapaz de alcançá-la, seja pela incompetência e limitação física, seja pela intelectual."

    escrito no papiro por ACCB às 02:28
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    Quarta-feira, 3 de Novembro de 2010

    Estou absolutamente fora de moda

     

     

    Porque não está na moda ser romântico, nem sequer amar.

    Amar com aquele sentimento lindo e suave e turbulento, feito de deslumbramento e idiotia.

    Não estou na moda.

    Não conto as conquistas pelos dedos, nem as relato ávidamente como se fossem caçadas  dificeis e, mortes fáceis  porque a atiradora é infalível.

     

    Estou mesmo démodé porque, gosto de caminhar ao lado, pés descalços, sentindo a areia grão a grão nas solas dos pés e o aroma da maresia que vem e vai com a maré,... e o som do infinito salgado que é o mar.

     

    Estou fora de moda.

    Gosto de música piegas e dançante, de fios de fumo de cigarro que não fumo e não inalo, de livros cheios de conclusões para tirar em várias direcções; de filmes como o Clube dos Poetas Mortos ou o Sorriso de Monalisa, ou Comer Orar e Amar,... e coisas quietas e pensativas...

     

    Gosto de café bebido durante uma hora e, continuo a gostar de saborear tudo,... até um olhar....ou a voz.

     

    Estou fora de capa de revista, porque gosto de me sentir bem no que visto, independentemente de estar na berra ou na revista...

    Estou fora de uso, porque não gosto de conquistas ao momento, a quente e a frio, que dão burburinho porque apenas duram um burburinho...

     

    Estou absolutamente fora de moda. Não me apaixono com facilidade,.. acho que nem me apaixono.............a não ser quando subitamente me sinto apaixonada,.. e depois, não deixo de ficar apaixonada.

    Será doença?!

     

     

    Quero lá saber que me gostem ou me detestem, ... se querem saber até me dá gozo que me detestem.

    Estou irremediávelmente venenosa e,  irreversívelmente fora de moda..

    Estou-me nas tintas para o polticamentezinho correcto e para ambições desmedidas e ôcas, que caem com o governo que cai, a não ser que quem não é arrastado tenha o dom camaleónico de não ter cor...

     

    Estou démodé!!!!!!!!!!!!!

    Totalmente, absolutamente, irremediavelmente, saborosamente fora de moda.

     

    ACCB

     

    ( ACCB- VENEZA - 2005)

    escrito no papiro por ACCB às 23:02
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    CONVITE

     

     

     

    escrito no papiro por ACCB às 09:00
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    É de compreender que nos cansamos

     

    Nunca amamos alguém.

    Amamos, tão-somente, a ideia que fazemos de alguém. 

    É um conceito nosso – em suma, é a nós mesmos – que amamos.

    Isto é verdade em toda a escala do amor. No amor sexual buscamos um prazer nosso dado por intermédio de um corpo estranho.

    No amor diferente do sexual, buscamos um prazer nosso dado por intermédio de uma idéia nossa.  ...  em exacta verdade, o onanista é a perfeita expressão lógica do amoroso.

    É o único que não disfarça nem se engana.

    As relações entre uma alma e outra, através de coisas tão incertas e divergentes como as palavras comuns e os gestos que se empreendem, são matéria de estranha complexidade.

    No próprio acto em que nos conhecemos, nos desconhecemos.

    Dizem os dois “amo-te” ou pensam-no e sentem-no por troca, e cada um quer dizer uma ideia diferente, uma vida diferente, até, porventura, uma cor ou um aroma diferente, na soma abstracta de impressões que constitui a actividade da alma.

    Estou hoje lúcido como se não existisse.

    Meu pensamento é em claro como um esqueleto, sem os trapos carnais da ilusão de exprimir.

    E estas considerações, que formo e abandono, não nasceram de coisa alguma – de coisa alguma, pelo menos, que me esteja na plateia da consciência.

    Talvez aquela desilusão do caixeiro de praça com a rapariga que tinha, talvez qualquer frase lida nos casos amorosos que os jornais transcrevem dos estrangeiros, talvez até uma vaga náusea que trago comigo e me não expeli fisicamente…

    Disse mal o escoliasta de Virgílio.

    É de compreender que sobretudo nos cansamos.

    Viver é não pensar. 

     

     

    Bernardo Soares - Livro do Desassossego

     

    escrito no papiro por ACCB às 08:53
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    Música pela noite dentro

    escrito no papiro por ACCB às 01:01
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    Terça-feira, 2 de Novembro de 2010

    DERIVA – VIII

     

     



    Vi as águas os cabos vi as ilhas
    E o longo baloiçar dos coqueirais

    Vi ferros e vi setas e vi lanças
    Vi pérolas e conchas e corais

    Só do Preste João não vi sinais

    As ordens que levava não cumpri
    E assim contando tudo o que vi
    Não sei se tudo errei ou descobri

    Sophia de Mello Breyner Andresen


    escrito no papiro por ACCB às 16:30
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    Morra o Dantas! PIM!

     
     
    "Não é preciso ir pró Rossio pra se ser pantomineiro, basta ser-se pantomineiro!



    Portugal inteiro há-de abrir os olhos um dia - se é que a sua cegueira não é incurável e então gritará comigo, a meu lado, a necessidade que Portugal tem de ser qualquer coisa de asseado!


    Morra o Dantas, morra! Pim!"
    escrito no papiro por ACCB às 12:06
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    Hoje.......................

     

     

     

     

     

     

    escrito no papiro por ACCB às 12:00
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