o WikiLeaks divulgou perto de 400.000 documentos secretos do exército norte-americano sobre a guerra, mencionando nomeadamente “mais de 300 casos de tortura e de violência cometidos pelas forças da coligação sobre prisioneiros” e mais de um milhar de abusos por parte das forças iraquianas.
Autódromo da Costa do Sol – Junho de 1967 A competição entre o piloto Rui Monteiro no Chipmunk “CR-AEI” do Aero Clube de Moçambique e o piloto Rui Xavier de Melo em Austin Cooper-S. Ao que consta ganhou o avião apesar da excelente performance do conhecido corredor Moçambicano.
Uma SCUT é(ra) uma auto-estrada em regime de portagens virtuais, cujos custos são (seriam) suportados pelo Estado Português. A construção e manutenção é da responsabilidade de uma empresa concessionária. A sigla SCUT é uma abreviatura de "Sem Custo para os UTilizadores".
I loved you in the morning, our kisses deep and warm,
your hair upon the pillow like a sleepy golden storm,
yes, many loved before us, I know that we are not new,
in city and in forest they smiled like me and you,
but now it's come to distances and both of us must try,
your eyes are soft with sorrow,
Hey, that's no way to say goodbye.
I'm not looking for another as I wander in my time,
walk me to the corner, our steps will always rhyme
you know my love goes with you as your love stays with me,
it's just the way it changes, like the shoreline and the sea,
but let's not talk of love or chains and things we can't untie,
your eyes are soft with sorrow,
Hey, that's no way to say goodbye.
I loved you in the morning, our kisses deep and warm,
your hair upon the pillow like a sleepy golden storm,
yes many loved before us, I know that we are not new,
in city and in forest they smiled like me and you,
but let's not talk of love or chains and things we can't untie,
your eyes are soft with sorrow,
Hey, that's no way to say goodbye.
tenho pétalas de areia debruadas de espuma onde o corpo inventou pálpebras (como aos outros)
e turvo os olhos no voo do calor que parte. o sol já se decepou inglório enforcado na corda recta do horizonte duma terra que se teima redonda.
de ti resta-me agora a silhueta dos ombros (em luta de tons com o escuro a nascer) e o que sobra só reimagino de memória; daí me percorro aos pés que deixaram em areia lembranças tão suaves feitas de veludo como as carícias de mão de mãe.
o corpo - única pertença que m'acompanha - prostra-se em glória de gravidade - eppur se muove - em silêncios sem eco pois o meu braço, há segundos infinitos deixou de alcançar o laço do teu abraço.
no côncavo da rocha despeço-me definitivamente do teu rosto e se, e se pudesse se pudesse triturava-te no caldo da memória até ser só futuro numa outra.
amanhã chorarás com o mesmo sal mas jurarás que não. e eu não sei cantar nem Como Canta A Tempestade.
soubera fazer um poema com as letras do teu corpo e erguia uma estátua de alfabetos ás de beijos carinhosos zês de partidas por despedir.
ainda há dias o dia caia com o mesmo sobressalto mas a noite beijava a praia sem medos e o escuro só enquadrava os quatro olhos com que dobrávamos o sono.
vou recordar que ensaiei a revolta do adeus moldando em plasticina de afectos até suar o cansaço da desistência todas as letras da saudade. - e que me sobra? se só a sobra da pergunta - onde estarás se nem me largas nem te sinto.
deixo a praia. onde as gaivotas adivinham o mundo por compreender e gozam de gritos essa alegria de não aceitar tristeza.
gostava que o futuro nem houvesse - e não o há, sei bem - mas teimo-o tanto como o temo. sem ti as papoilas despedem as cores da glória a tradição já não é o que era eras só tu.
se não houvesse tempo não fugias e só me consolo certo que nem tu nem eu nem os dois temos ainda culpa da Criação.
Tantas horas a querer pendurar um poema numa estrela...
Um poema, isto é uma fala murmurada baixinho, escondida num papel dobradinho... Um recado balbuciado a medo. Um segredo que o Poeta quer e não quer revelar como a coisa mais bela.
De entre os homens colha-se um Juiz de tamanho médio para que se agigante.
Olhemo-lo nos olhos, bem por dentro até à alma, e perguntemos-lhe pela infância, talvez pelo primeiro amor, quem sabe pelas lágrimas choradas a sós numa noite de Verão, depois da perda do pai, ou da mãe (quiçá por tragédia), de um filho....perguntemos-lhe pela marca que só essas perdas deixam.
Podemos falar-lhe dos livros. Os que leu e aqueles que comprou na ânsia de ainda ler. Dos filmes que guardou nos olhos e na memória e dos que não chegou a conhecer.
Dos palcos que pisou e viu pisar...
Das tardes e noites aos processos, sem abraços, mas com a certeza da vontade realizada.
Escutemos se respira e se pestaneja, reparemos se pulsa e pensa,....
Envolvamo-lo suavemente em recordações e sonhos....
Depois, misture-se sem agitar e deixemo-lo entre os mortais esquecido, perdido, na música, na escrita, no som e na imagem.
Ele não reparou mas hoje, pela manhã ao pequeno almoço, mergulhei-lhe nos olhos raiados de verde.
Não reparou ou fingiu não reparar, conversando e saboreando o pão de nozes com passas.
Não sei o que me dizia, juro que esqueci , ou nem ouvi as palavras.
Os olhos, esses sim, olhavam-me mas apenas para me fazerem entender a ideia que não apanhei.
Tinha que ver com espanhóis, portugueses e uma brincadeira de vitórias e derrotas...
Soou qualquer coisa como :- "Ala dos namorados"...
Eram os olhos de frente para a luz da manhã que eu procurava,...pensei que havia algum tempo que não arranjava tempo para mergulhar neles... E fiquei ali, de sorriso deliciado, a ouvir a ideia que não apanhei, e a sonhar dentro dos olhos raiados de verde.
"Gostava de saber como teria sido caminhar contigo junto do mar, em dia cinzento, a brisa fria, em silêncio ou na agitação das palavras. Tranquilo, no entanto, pela certeza de que o Outono ainda só agora começou. " - JC
Senta-te comigo, aqui. Vem sentar-te debaixo da árvore que dá romãs. Vês como crescem? Não tarda estarão abertas e terão rubis. Não sei que magia as transforma mas, disseram-me uma vez que era o sol do Outono que as moldava e lhes dava cor. Contavam as velhas que eram feitas por rainhas que tinham sido princesas e se tinham perdido de amor...
Vem sentar-te comigo. Deixa as caminhadas empedradas e salpicadas de mar encrespado. Com o vento, fico com os cabelos enleados e depois acho-me feia.
Daqui vês o mar e sentes o aroma, conversamos melhor e não te cansas. Podes fazer tempestades nas nossas conversas, ou deixar que o silêncio traga a maré baixa.
Fica tranquilo. O Outono ainda só agora começou e, não tarda, as romãs têm rubis.
A chuva e o arvoredo enleado nela, com aromas de dias antigos. A mesa cá dentro como se estivesse lá fora e os vidros cheios de gotas gordas e sonoras.
Vento nas ondas da tarde que galgam o paredão na Marginal. Perderam-se as praias na maré furiosa e o Outono ameaça vestir-se de Inverno mas, o Verão ainda estende os seus dedos à temperatura do ar.
Os barcos encostados uns aos outros junto à muralha ficaram em terra.
Espalham as cores dos mastros pelo dia como pássaros à chuva.
...Ficam silenciosos porque conhecem a maresia... aguardam penitentes que ela chegue, nem sacodem as penas porque de nada valeria.
Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre. Não me mostre... o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração! Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras. Não sei voar com os pés no chão. Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma para sempre!
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até empurrar-me de um penhasco que eu vou dizer: