Ser Poeta Ser poeta é ser mais alto, é ser maior Do que os homens! Morder como quem beija! É ser mendigo e dar como quem seja Rei do Reino de Áquem e de Além Dor! É ter de mil desejos o esplendor E não saber sequer que se deseja! É ter cá dentro um astro que flameja, É ter garras e asas de condor! É ter fome, é ter sede de Infinito! Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim... É condensar o mundo num só grito! E é amar-te, assim, perdidamente... É seres alma, e sangue, e vida em mim E dizê-lo cantando a toda a gente! Florbela Espanca
May you be blessed with everything your heart desires.
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Teve hoje início. Digno de destaque.
O golpe nas Honduras, que afastou em Julho o seu Presidente eleito, foi hoje condenado por todos os ministros dos Negócios Estrangeiros dos 22 países presentes na 19ª cimeira ibero-americana. (Ver vídeo no fim do texto)
Não eram os traços rápidos do tempo, mesmo ali em frente ao meu olhar.
Também não eram os braços nus das árvores, só porque a saudade se perdera na chuva.
Também não eram os recortes a fogo do Outono, ao fundo do parque suportando o Inverno.
Eram as sombras das almas dos que não ficavam nas tintas nem no carvão da aguarela...
Era o que não se via e existia até no cheiro que me chegava do traçado no papel.
ACCB
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Uma excelente banda sonora Uma ou duas , excelentes interpretações Excelente fotografia Excelente argumento Ver e rever.......
Chuva! Miudinha? Nem pensem! De pés mergulhados em lagos cheios de Outono e de folhas de ouro.
Mais que o infinito, chove chuva. Chove sem parar !!!
Chapéu pequeno e outro esquecido em Lisboa.
Alfa pendular de vidros encharcados a 220Km/hora. Jornal económico com revista acopulada com os escritórios das sociedades de advogados mais famosas das nossa praça.
Mala carregada de noites a despachar processos.
Um livro entre os dedos onde um anel brilha há quase 25 anos - "13 gotas ao deitar" tudo porque alguém parece não ter pago o IRS.
Conversa baralhada???
É da chuva
Boa noite e durmam bem. Hoje só vim dizer que chove chuva...chove sem parar.
:-)
ACCB
Boa Noite Professor. É um prazer tê-lo por aqui.
Entrevista com Professor Figueiredo Dias
sobre os dias que vão correndo
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"Por que razão o tempo roubado à escrita me faz sentir culpado? É esquisito mas faz, não devia sentir-me culpado: acabo por estar nisto tantas horas, deixo a pele, deixo a alma nas frases, crucifico-me todo. Anoitece, acendo a luz, continuo. Tão cedo ainda para entenderem o que digo, perguntas estúpidas, in......terpretações parvas. Isto, sobretudo, nos jornais. Dos universitários só tenho a dizer bem, há um entendimento do texto muito mais profundo. Agora os artigozinhos de jornal, em regra, são uma miséria: opiniosos, superficiais, ignorantes, tão desonestos às vezes."
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lembro-me das horas sobre o mar
do surdo rumor do casco dos navios
da tua boca colada à paixão dos mapas primitivos.
entretanto o teu corpo corre devagar para o litoral
e as casas por detrás dos cabelos são brancas
loucamente brancas.
no princípio eram as paredes
e havia o teu riso altíssimo encostado aos dias que
morriam nas paredes.
quem destruiu tudo isso?
quem matou as aves nos ramos da tua loucura?
oiço este rio que corre longe de mim longe de tudo
este corcel galopando pelos países -
quem canta esta noite?
entretanto tu atravessas a minha poesia com espadas de
neve
e falas de casas como quem fala do surdo rumor do casco
dos navios -
quem canta esta noite?
e o teu corpo vai correndo devagar para o litoral
e as casas por detrás dos teus cabelos são brancas
loucamente brancas.
(José Agostinho Baptista-
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Que não acabes nunca de me esquecer
(A memória como um dente-de-leão
Que resiste a todos os sopros,
Um lume de partículas suspensas
Pairando como luz num dia de Verão,
Enxames crepusculares sobre um curso de água).
Que indelével seja qualquer coisa,
Um cristal de noite, o resto de um riso,
Uma cintilação na nebulosa de instantes
Em que acordámos juntos
E percebemos, num misto de alívio e alegria,
Que o amor não tinha acabado ainda,
Que ainda não nos deitáramos a perder.
Nuno Rocha Morais, Últimos Poemas, Quasi, 2009 - AQUI
( Quadro Far Off Events Transformed by Memory, de Luksha.)
- Sophia de Mello Breyner
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- Também no Privilégio dos caminhos
Está um dia daqueles em que o som dos pneus lá fora deixa um risco de som na ideia.
A luz é de Inverno e as castanhas assam lá dentro no forno.
Cheira a erva doce e, daqui a pouco vou desfazer na boca o sabor sempre agradável a S. Martinho com Natal à porta.
As lembranças chapinham no sorriso da memória.
São vermelhas porque, o que é bom tem sempre uma cor quente.
Andam tontas e não se importam. Saltam com as memórias de dia em dia e aroma em aroma , procurando no tempo as coisas boas da vida.
Vermelhas como as coroas das romãs que comprei ontem.
Vestiram vestido de cerimónia porque quando chove no Outuno, há sempre gala pelas ruas do tempo em que deixei por aí, pedaços de mim que encontro mais além.
Uma lareira? Quem sabe, mais logo ao jantar. Uma taça de vinho branco e uma mantinha daquelas de pêlo fofo....
Hum,.. as tardes de Outono pelo Inverno da noite, aquecidas à lareira da ternura.
ACCB
Convenção dos Direitos da Criança faz 20 anos
Só os EUA e a Somália ainda não o subscreveram
Como temos cumprido ou respeitado esta Convenção?
Já parámos os nossos olhos perdidos no ritual repetitivo do dia a dia, para os debruçarmos sobre o que vai pelo mundo?
Que temos todos feito por esta Convenção?
Nada.
E pelas crianças?
E pelas crianças???
E pelas crianças??????
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DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DAS CRIANÇAS
"Love doesn't get closer by meetings,
It is strengthened by thoughts,
I care for you in my own strange way,
Maybe you will never know
&Maybe
I won't ever learn to show how much I care...still..."
Um homem vagueia, sozinho, por S.Petersburgo.
Uma mulher espera, sozinha pelo sinal, liberta de um alfinete preso numa saia de uma avó velha e desperta quando quer.
Um outro homem, cambaleante perdeu-se no tempo e no afastamento que parece definitivo e interminável.
O primeiro, o nosso sonhador, salta de rompante para o outro lado da rua - qual herói improvisado! – e parece afugentar a angustia da mulher debruçada sobre o passado que nunca mais se tornará futuro e nunca é presente.
Numa necessidade de partilhas e compreensões como só as almas simples mas profundas entendem, o sonhador aprende a ouvir e a ouvir-se.
Ela mal o ouve.
As mãos apertam-se.
É então que ele se apercebe: uma mulher. Conheceu finalmente uma mulher!
E durante 4 noites, noites brancas de descoberta e procura, de fantasmas e sossegos , feitos de desassossegos e esperas perdidas, ganham asas sonhos impossíveis.
Ela porque espera.
Ele porque alimenta a sua espera numa tentativa de que deixe de esperar.
O amor há-de chegar de manhã. Se não chover o amor há-de chegar.
Quando a noite branca acabar.
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“Noites Brancas” Uma incursão atípica e genial de Fiódor Dostoiévski pela estética do Romantismo ou pela alma da Paixão.
Lido no Alfa pela manhã entre Lisboa e Aveiro.
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"Continua a Sonhar.
Os homens, mesmo livres, hão - de sonhar sempre !"
COG
Aguarela de Isabel Almeida - pintada em 2003
- Sunset in África -
Título de Frank O. em 2009
Chegou às minhas mãos pelas mãos do JC--- em 2009
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SOBRE O PROGRAMA PRÓS E CONTRAS DESTA NOITE
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"Anda a Jessica Simpson, à procura de um homem inteligente que nunca a aborreça. Sim. É mesmo verdade. Diz que ‘quer alguém que a inspire’ porque está farta de ficar entediada.
Sem dúvida que um homem que nos inspire é uma lufada de ar fresco. Um impulso para soltar o que de melhor há em nós. Muitas vezes a escritora, a pintora, a dançarina escondida em nós.
Um homem que nos inspire até nos ajuda a trabalhar, traz-nos concentrada nas nossas melhores qualidades e capacidades. Traz-nos apaixonadas....
Lá dizia Mozart que uma grande obra era sempre resultado de uma grande paixão, ou qualquer coisa como isto.
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accb
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No sábado choveu. Choveu depois quando já era domingo.
Choveu alegria, partilha, amizade, olhares e trocas de ideias.
Choveram mimos e música, risos e cumplicidades.
Choveu muita vontade de repetir tudo isso e muito mais.
Institucionalizou-se o dia da amizade de um grupo de sorrisos lindos e gente linda.
Gente diferente entre si mas com tanto de si para dar.
Não sei como lhes dizer que choveu, choveu muito. Uma chuva de noite de Novembro com toque de S. Martinho.
Uma chuva que lavou a alma e aqueceu o coração.
No sábado choveu quando já era domingo
Aguardam-se novas previsões meteorológicas.
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Choveu,
como se todo o quadro fosse uma aguarela a tinta da china na memória da saudade.
ACCB
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