Terça-feira, 30 de Dezembro de 2008

Nas asas de um sonho


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A manhã desenha-se no horizonte...

O sono vai despertando...descerrando as pálpebras

envolto no cheiro do mar lá fora  que se espreguiça nos dedos da areia....

 

Sacudo o cabelo longo  e negro espalhado na almofada..

Abro os olhos...

Depressa será um novo dia

de uma nova semana

Um novo ano e uma nova Vida.....uma nova Meta.

 

O ano velho esfuma-se no ar

Com ele lembranças longínquas de momentos passados

Há um aroma a Ontem...

O Presente incendeia as  vidraças...

O Amanhã acorda os sentidos..............

 

saio,... pé ante pé....para a VIDA.

-_____________

ACCB

 

BOM ANO NOVO!!

 

 to all of you Até Para o Ano.................Tijei.

 

 

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escrito no papiro por ACCB às 18:39
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Domingo, 28 de Dezembro de 2008

Alguém quer continuar este conto????

Reler os afectos

 

Há afectos nas palavras, afectos nos gestos, afectos no olhar. Apenas afectos, mas afectos”.

Dobrou a folha e perdeu o olhar na paisagem que a chuva teimava em molhar. O céu estava cinzento e o Outono anunciara-se chuvoso mas sem qualquer sopro de vento. O varandim do palacete recortado em pedra antiga, deixava-se inundar pelas  primeiras chuvas de Outubro. Os cones dos torreões, como recortes de contos de fadas com o fundo verde de Sintra por cenário, escorriam a água que o céu desabava sobre eles e resistiam imponentes e plenos de magia. Uma magia que tinha cento e dez anos. A magia, de quando Sintra vira nascer não um casarão, mas um palacete recortado na encosta da serra no caminho de S. Pedro.

Para baixo e em frente casas baixas rodeadas de arvoredo denso e pleno de oxigênio, vida e aromas a verde.

Abriu a vidraça. Respirar o aroma de Sintra, ou respirar Sintra, fazia-a sentir-se renovada e plena de vida. Todos os tons de verde que se entrelaçavam com os rochedos, todos os braços de fetos gigantescos que se abriam ás gotas constantes da chuva, pulsavam, viviam,… mas viviam mesmo… como se aquele mundo, aquele sítio fosse só deles os seres vegetais e o seu mistério.

Ao redor da casa apenas o coração de Sintra e o seu respirar se fazia sentir. E com a vinda das chuvas o aroma da sua seiva pairava no ar envolvendo-a.

Tinha um sorriso nos lábios e no olhar a distância de momentos que não podiam tornar-se realidade.

Refugiava-se ali, na casa onde crescera e fora criança, adolescente e mulher, sempre que a magia a envolvia e precisava de ficar a sós com ela. Tivera sempre a certeza, nunca a impressão, de que Sintra era como uma princesa moura, encantada, que por ali ficara prisioneira de juras de amor impossíveis que contudo nenhuma amargura lhe tinham deixado.

Havia uma magia em cada recanto de paisagem e um segredo em cada som mais escondido de arvoredo.

Era ali que se sentia em contacto consigo mesma e para onde ía para pensar e sonhar e fugir ao mundo de correria que era o seu.

Naquele dia só Sintra lhe podia valer. Sintra e o seu estar próprio e único como se fosse um ser que a compreendia sem falar e, a via sem que ela a visse, mas soubesse que era vista e, sentida e compreendida. Como se ambas sentissem da mesma maneira.

Recostou-se em frente à janela que abrira ao aroma verde que lhe inundava a casa e, descalçando os sapatos dobrou as pernas e deixou-as dormitar sobre o sofá. O som da chuva embalava-a e fazia sentir-se cristalina. Desdobrou mais uma vez a folha branca arrancada a um caderno A4 de argolas e que tinha um lista verde fina e recta de alto a baixo. As letras escritas à pressa mas sem pressa, desenhavam sentimentos no papel. Sentimentos e afectos…. Voltou a reler a frase: “Há afectos nas palavras, afectos nos gestos, afectos no olhar. Apenas afectos, mas afectos”. E mais à frente, procurando a doçura das palavras, releu o que já lera e relera para guardar na memória, mas, mais do que isso, para sentir na pele: “ … esse teu olhar profundo que tanto gosto de receber por vezes…"

As mãos seguravam a folha escrita e cheia de sons, de sensações , de voz e de cor e baixou mais uma vez os olhos para a ler: “…Será normal? O que é certo é que há muitos anos que não materializo sentimentos em papel … Há muitos anos que não sinto nada com esta intensidade…”

Era bonito de mais para ser verdade! Não podia estar a acontecer. Não podia estar a acontecer-lhe!

 

 

 

_____________ACCB

 

 

 

 

 

CONTINUAÇÃO:

 

 
De outono a 29 de Dezembro de 2008 às 19:45
... ... ...

Ao fundo do corredor, onde costumava brincar às escondidas atrás do velho sofá, atirei-me nele, como sonho embalado. Reclinada , olhava o tecto como céu estrelar e, a janela do fundo, como fuga à rotina de todos os dias.

Estiquei as pernas e os pés, bem aquecidos nas ainda duradouras meias de lã, obrigatórias paras as botas de borracha e, ensaiei passos de sedução em simultâneo com as mãos carentes de afectos.

Os olhos, acompanhavam a dança húmida das lágrimas sem razão. Sobre o lado esquerdo, descaí a cabeça, tal como a minha mãe me adormecia...e murmurei sonhos ao "som" do peso do cansaço.

Acordei, poucos minutos à frente...sentei-me...como devia e, senti a dor muscular da teimosia de ainda me considerar "reguila e desempoeirada"...

Senti um frio, como afago amigo, abracei-me...pulei até à cozinha no enfiamento do primeiro piso, com janela, para o jardim, onde costumava namorar uma romãzeira suculenta...até aparecer aquele "magricelas" de gola alta e botas por atar, que apenas sorria e piscava o olho na fuga da vergonha...

Percorri o armário imenso, porta a porta, gaveta a gaveta...encontrei (gritei perante o tesouro!!) o chá mágico do meu sabor. Ainda hoje, pergunto porque gostava de tília sem açúcar, exactamente o contrário da família, que rigorosamente às cinco, tomava o chá preto da Loja do senhor Manuel, vendido em latas grandes, as quais, depois de vazias, escondiam os meus primeiros desatinos de amor, escritos no preliminar do deitar obrigatório às nove e meia...

Corri a casa toda, como se a novidade de a descobrir me batesse à porta...

No último lanço de escadas, lá estava...o velho adufe, com que irritava "os demónios" de dias cinzentos e chuvosos, em tamborilares sem compasso ou pauta, mas consonante com a melodia da minha "sinfonia" de nervos, por acalmar...

Agarrei-o, lembro-me da velha lição...encosteio-o ao peito, e arranquei a épica serenata da saudade, interrompida pela tosse, provocada pelo pó solto de tempos inactivos.

Sorri. Estava melhor. Tinha-me encontrado. Por vezes, o afecto ansiado, é nosso e nem lhe falamos...

Desci ao quarto rosa da minha meninice e enrolei-me nas almofadas de penas, como se o melhor amante me apertasse docemente...

Lá fora, ainda ouvi o barulhar do arvoredo e, inspirei o odor forte da chuva necessária (como dizia o meu pai) e, adormeci.

Nem o tic-tac do relógio grande de cerejeira com embutidos de bronze me acordou...

_________________

Podem continuar...................

 

escrito no papiro por ACCB às 23:45
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Porque me tocou


 

Uns têm..........
Outros não têm................
Outros tiveram e perderam...............



" Há certas horas, em que não precisamos de um Amor...

Não precisamos da paixão desmedida...

Não queremos um beijo na boca...

E nem corpos encontrarem-se na maciez de uma cama...


Há certas horas que só queremos uma mão no ombro,

o abraço apertado ou mesmo o estar ali, quietinho, ao lado...

Sem nada dizer...


Há certas horas, quando sentimos que estamos para chorar,

que desejamos uma presença amiga,

a nos ouvir paciente, a brincar com a gente, a fazer-nos sorrir...


Alguém que ria das nossas piadas sem graça...

Que ache as nossas tristezas as maiores do mundo...

Que nos teça elogios sem fim...

E que apesar de todas essas mentiras úteis,

nos seja de uma sinceridade inquestionável...


Que nos mande calar ou nos evite um gesto impensado...

Alguém que nos possa dizer:

Acho que estás errado, mas estou do teu lado...

Ou alguém que apenas diga:


Sou o teu Amor!

E estou Aqui! "




William Shakespeare

( *"Roubado" do blog do Pecador que por sua vez "roubou" à  NI)

 

 

Esta postagem que encontrei no Pecador me confesso

tocou-me pela Verdade que contém e pela Lição de Vida  deveriamos aprender

 

http://pecador-me-confesso.blogspot.com/2008/12/diferena.html

escrito no papiro por ACCB às 23:36
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Recordações

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escrito no papiro por ACCB às 00:24
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Sábado, 27 de Dezembro de 2008

6% em Cuba - 6% em Portugal

 

A economia de Cuba vai crescer 6 por cento no próximo ano, depois de ter vivido em 2008 um dos piores anos na história recente, disse neste sábado o ministro da Economia de Cuba, José Luis Rodríguez.
 

A quem é que eu já ouvi isto em Portugal??

 

Não foi aqui. Mas eu deixo aqui para quem quiser ler.

escrito no papiro por ACCB às 22:00
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Afinal ...foi puro golpe comercial!

 

 

 

"Ramazan Baydan, proprietário da Sapataria Baydan, de Istambul, foi bombardeado por encomendas vindas de todo o mundo, depois de ter afirmado que os sapatos pretos de couro arremessados pelo jornalista iraquiano Muntazar al-Zaidi durante a entrevista coletiva de Bush no dia 14 foram fabricados por sua empresa.

Baydan contratou mais 100 trabalhadores para atender à demanda por 300 mil pares do Modelo 271 - quatro vezes mais do que sua venda anual -, desencadeada pelas manifestações de apoio a Zaidi, detido pela polícia iraquiana.

As encomendas foram feitas principalmente nos EUA e Grã-Bretanha, e em países muçulmanos vizinhos à Turquia, disse ele.

Cerca de 120 mil pares foram encomendados pelo Iraque. Uma empresa americana fez um pedido de 18 mil pares. Uma empresa britânica parece ter-se oferecido para realizar na Europa a distribuição do calçado, que está no mercado desde 1999 e custa na Turquia cerca de US$ 50. Também houve aumento nos pedidos vindos da Síria, Egito e Irã, onde a principal federação de sapateiros ofereceu a Zaidi e sua família um fornecimento vitalício de calçados."
 

AQUI

 

Tenham-se em conta os excelentes reflexos de Bush e, já agora... o seu sentido de humor. É o que eu digo. Golpe comercial. Qto irá Bush ganhar com esta venda de sapatos desenfreada??

Estou a ver que estes sapatos vão vender mas qu o modelo de fatos de Obama.

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escrito no papiro por ACCB às 21:48
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Terça-feira, 23 de Dezembro de 2008

BOM NATAL

 

 

Querido Pai Natal

 

 

Espero que este post te vá encontrar com pouco frio  e sempre rejuvenescido.

Esta cartinha já vai em cima da hora mas não faz mal...afinal...mais vale tarde que nunca e afinal de contas parece que tu lês as cartas todas num ápice através dos envelopes e tudo...como se fossem transparentes...o que já não acontece com as almas...

Este ano não te peço nada como já venho fazendo desde que cresci.... há cerca de 3 anos...lembras-te?

Pois, parece que cresci....é tão aborrecido crescer......todos os dias tenho de ser adulta... todos os dias...De quando em vez tiro umas horitas por dia para ser miúda pequena. Sabe-me tão bem!!!!

Dizem que é um complexo de Peter Pan. ORA! Quero lá saber.

Mas voltando às prendas, ...não te vou pedir um elefante que deita borboletas, nem uma Barbie daquelas com Ken e tudo... que tem umas pernas horrorosas.... O Ken claro!... Ela também parece que tem umas perninhas que não dão para se manter em pé....

Bem, não venho pedir nem um jogo daqueles em que as pessoas fazem de conta que estão muito entusiasmadas a jogar....mas só ficam felizes se não perdem.....

Não..... afinal nem sei, com as Leis todas que para aí vão todos os dias, se é a ti se ao menino Jesus....mas ele é tão pequenino....

Bem, abreviando  (porque deves ter ainda muitas cartas para ler  e os posts  não os lês... adivinhas...) só te venho dizer que deixo à tua imaginação a minha prendinha este Natal...não há nada como adivinhares o que eu gosto....surpresa!!!!!

E afinal eu nem sou exigente....e como posso exigir num Mundo como o nosso?...

 

Já agora....sugiro que cada um de vós deixe aqui o seu pedido para este Natal... pode ser que se realize....

Eu por mim deixo o sapatinho na chaminé  e desejo a todos aquilo que mais desejarem.

-

ACCB

 


 

 


Adeste Fideles - Nat King Cole & Dean Martin

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escrito no papiro por ACCB às 23:33
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Cartas de Desamor - Desafio

De maria a 17 de Setembro de 2008 às 11:33
 
 
Não sei o que fazer sem ti.
Básicamente parei no tempo e a vida arrasta-me num significado estranho que não consigo identificar.
Quando pronuncio o nome de um homem, engano-me e chamo por ti.
Quando faço amor, suspiro o teu nome.
As lembranças queimam-me mais que os teus beijos longinquos.
Olho, vazia, as tuas últimas prendas e o teu sorriso ao ver o meu a abri-las...
Como pudeste largar no caos o grande amor da tua vida?
Conseguiste ser minimamente feliz?
Não acredito.
Porque o que nós tinhamos só se tem uma vez na vidal Não dá direito a remake.
Um dia, alguns anos depois de teres esvaziado as nossas vidas (não tinhas esse direito), atiraste-me à cara tudo quanto conseguiste realizar, numa compensação tão triste do teu vazio.
Depois perguntaste-me : E TU ?
Eu respondi : SOU FELIZ.
Foi a maior mentira mas defendi-me assim. Mordendo e arranhando como uma gata brava.
Nunca mais falamos.
As barreiras tinham subido mais uns metros e não havia forças para as saltar.
Acho que nenhum de nós era bom em transpor obstáculos.
Agora que partiste, acho que entendeste o estrago que fizeste...
Adeus, meu amor, meu único amor, até um dia...

aceitei o desafio da Cleopatramoon para escrever uma carta de amor... não faz o meu género mas aí vai :)
só tu me punhas a escrever uma bimbalhice destas :))))


É importante dizer que a MARIA escreveu também esta carta de (des)amor:


Olá Estafermo

Escrevo-te esta carta porque os emails não aguentam tanta raiva...
Deixaste-me como um chinelo velho que se deita no contentor à espera que os "almeidas" o triturem bem às 5 da matina.
Largaste-me sem qualquer especie de respeito.
Fui reduzida a escombros dentro da tua indiferença e agora andas por aí, de miuda a tiracolo, como se para a divertir, não tivesse que andar de Viagra.
És patético, na tua meia idade ridicula e presunçosa.
Oh homem vê-te ao espelho !!!
Escusas de encolher a pança e disfarçar a papada porque a essa nem uma lipo te salva.
E continuas a ressonar que nem um comboio?
É que elas detestam barulho durante o seu sono de beleza...
E também essa de usar tudo quanto é cremes anti-rugas já deves ter percebido que só te deixa a pele a brilhar com ar de quem vai ser posto no forno.
E o teu bronzeado artificial está tão escuro que se devem ter esquecido de ti no micro ondas.
Vê se te cuidas e percebes que a vida já passou e que só te resta envelhecer.
Se esta carta te deixou mal disposto então ela cumpriu a sua missão.

Até sempre
maria
___________________

 

SINCERAMENTE NÃO SEI QUAL A MELHOR

 

Bjitos Maria

 

 

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escrito no papiro por ACCB às 23:10
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Segunda-feira, 22 de Dezembro de 2008

Onde comer e gostar e talvez lembrar

O Salero em Loures é um restaurante simpático, acolhedor e com requinte. Sem ser caro sabe bem. Por baixo das laranjeiras num ambiente quase à beira de ser caseiro ou familiar, conversa-se , apanha-se sol e come-se..........Os  pratos servidos são tão requintados que nem parecem simples mas há os que nos oferecem a excelente e tradicional cozinha portuguesa.

Num ambiente informal com muita amizade à mistura  ou, num ambiente intimista... experimentem, Vale a pena!!

 

 

Cá fora é super simpático em dias de sol

Lá dentro é acolhedor em dias de menos Sol ou à noite,...porque não?

 

escrito no papiro por ACCB às 23:00
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Domingo, 21 de Dezembro de 2008

Lei Quadro sobre...Ver Anónimo.

O Anónimo, um dos blogs aqui ao lado, fez uma postagem sobre a violência doméstica e um diploma que está em preparação.

Desculpem mas, apesar de o assunto ser sério, e merecer cuidadoso legislar, ocorreu-me esta música para chamar a atenção para o quadro, digo, perdão, para a Lei quadro....

 

É uma questão de cidadania, ou não???

Aiii!!!

escrito no papiro por ACCB às 23:31
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Os nós e os laços

 

É dos nós que quero falar-vos hoje. Dos nós que criamos à nossa volta e nos tornam animais medrosos e anoréticos de sentir.

É dos nós que nos entravam os movimentos e a verdade do que somos..

Aqueles nós que nós próprios criamos e alimentamos e tememos mais que  à noite que nos enleia  nas noites em que o sono não chega e não quer ser amigo de quem precisa fechar os olhos e dormir sereno... alguns não querem voltar a acordar. Outros temem não voltar a acordar e por isso enleiam-se em não adormecer.

 

Nos nossos dias e provavelmente também naqueles que não foram nossos, há mais nós que laços. Angustias e medos que sorrisos e sentido de fazer o que está certo.

E há um nó enorme que se dá à volta do coração e descai para o umbigo num egoísmo de centralização que nos afunda no nosso ego e, num massajar constante do eu.

É um nó. Um nó quase de marinheiro, daqueles que eles fazem para não se desfazer.

 

Prefiro de longe os laços.

Sei que têm nó mas posso puxar uma ponta desfazer, se quiser....e voltar a fazer sem partir nada,... sem quebrar nada, só pelo prazer de fazer um laço...

O pior nó é o que damos à  volta da nossa consciência. Tira-nos o ar e não nos deixa ver que o sono cai ali ....moribundo .....porque não deixamos entrar e deitar-se ao nosso lado.

 

O pior nó é aquele que nos torna cegos, arrogantes, animais feridos pelo orgulho ao  pensar que somos seres superiores, cheios de moral para dar e vender, e é de tal forma forte que nos ata a caminhada, os passos...... e nos faz cair quando menos esperamos...

Só porque julgávamos que conseguiamos fazer a caminhada com todos os nós que fomos fazendo para trás  e que por serem nós não se desfizeram, ou por serem laços, com a nossa fuga para a frente se partiram, .......de tal forma que temos de voltar atrás ou caímos desfeitos à volta das nossas próprias voltas e laços e nós...... e ficamos cegos...prisioneiros  de um nó cego.

 

Não sei se já experimentaram desfazer muitos e muitos nós e alguns cegos... necessita-se muita paciência,... muita perseverança,.. muito tempo... alguma coragem,.. e um saber que de qualquer forma, seja ela qual for, vamos conseguir...

 

Eu sei que este post caiu aqui numa manhã de domingo em que escrevo num PC que não é o meu.

Sei que nem todos o compreenderão...

Mas sei que alguém o lerá e saberá que é para si...

Não sei se o entenderá..

Mas pode ser que desfaça muitos nós cegos,... e os volte a transformar em laços,...sob pena de se tornar um nó cego que só cortando se pode desfazer.

 

__________

ACCB

 

 

PS:- Qto às falhas do PC.... digo-vos que um dia destes sai um Post sobre a Clix e a MEO e a "excelente" qualidade dos serviços ao cliente....

escrito no papiro por ACCB às 12:00
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Sábado, 20 de Dezembro de 2008

lindo

Acrílico sobre placa cartonada - Obra adquirida

Maria sem roupa e....o Menino

 

 

Porque é Natal e o Meu PC tem andado por aí....não sei se a fazer compras se a actualizar o software, mas a dar cabo de tudo o que tento fazer nele e através dele....deixo-vos esta imagem de Natal que para mim é belíssima.

Agora, até logo, vou sair... ultimar umas coisas e quem sabe......tomar um café.Tijei

-

ACCB

 

 

escrito no papiro por ACCB às 23:59
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Cartas de Desamor - Desafio

De António a 11 de Agosto de 2008 às 12:14
 Mulher Africana
 
  
António Jacinto - Carta de um Contratado

Eu queria escrever-te uma carta
amor
uma carta que dissesse
deste anseio
de te ver
deste receio de te perder
deste mais que bem querer que sinto
deste mal indefinido que me persegue
desta saudade a que vivo todo entregue...
Eu queria escrever-te uma cara
amor
uma carta de confidências íntimas
uma carta de lembranças de ti
de ti
dos teus lábios vermelhos como tacula
dos teus cabelos negros como dilôa
dos teus olhos doces como macongue
dos teus seios duros como maboque
do teu andar de onça
e dos teus carinhos
que maiores não encontrei por aí...

Eu queria escrever-te uma carta
amor
que recordasse nossos dias na capôpa
nossas noites perdidas no capim
que recordasse a sombra que nos caía dos jambos
o luar que se coava das palmeiras sem fim
que recordasse a loucura
da nossa paixão
e a amargura nossa separação...

Eu queria escrever-te uma carta
amor
que a não lesses sem suspirar
que a escondesses de papai Bombo
que a sonegasses a mamãe Kieza
que a relesses sem a frieza
do esquecimento
uma carta que em todo Kilombo
outra a ela não tivesse merecimento...

Eu queria escrever-te uma carta
amor
uma carta que te levasse o vento que passa
uma carta que os cajus e cafeeiros
que as hienas e palancas
que os jacarés e bagres
pudessem entender
para que se o vento a perdesse no caminho
os bichos e plantas
compadecidos de nosso pungente sofrer
de canto em canto
de lamento em lamento
de farfalhar em farfalhar
te levasse puras e quentes
as palavras ardentes
as palavras magoadas da minha carta
que eu queria escrever-te amor...

Eu queria escrever-te uma carta...
Mas ah meu amor, eu não sei compreender
por que é, por que é, por que é, meu bem
que tu não sabes ler
e eu - Oh! Desespero - não sei escrever também!


Mais um contributo. Boas Férias
PS- A carta não é minha é do António, o contratado.


 

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escrito no papiro por ACCB às 23:57
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Italiano vero....l´autunno

Autunno - 16h44m

 

Se dovessi scrivere circa l'autunno

 che cammina con il sole

 Che cosa va lentamente fino oggi

 Da capelli d'oro, al momento

 Con il sorriso solcata da rughe marcate

Con l'occhio caramelle e nascondere mai ....

 L'autunno senza voce, senza parole, senza maree caldo

 Che altro dire che

 

 Voglio stare al suo fianco

 Volontà di lasciare

 Il tempo diventa d'oro

 E la frutta a guscio caduta dagli alberi

 così ho mangiare a S. Martinho

 

 E voglio ubriacarsi con gli aromi

che i campi solo quando le prime piogge sono cadute ....

E la disponibilità a cercare il mare al mattino

Mentre vi era stato un colpo vento dolce

Che cosa dire che l'estate sarà pochi giorni al largo di sera ......

 por la mattina umidodi sale ...

- --

ACCB

escrito no papiro por ACCB às 07:05
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As Férias e as horas!!!

escrito no papiro por ACCB às 01:00
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Cartas de Desamor - Desafio

De Pecador a 17 de Setembro de 2008 às 21:59
 
Empurrado pela Eva e pela Maria (nomes de mulheres mesmo!) deixo-te aqui mais uma carta de desamor que tinha para lá pelo blog.
É para a tua colecção.
Beijo rainha do Egipto.


Escrevo-te esta carta Amor
porque não tenho mais voz para falar contigo.
No mais fundo de mim eu sei que destruí tudo.
TUDO!!
Destruí aquilo em que acreditaste,
o sonho que sonhamos juntos,
o que eramos um para o outro.
A certa altura tive medo,
endoideci
enlouqueci e destrui tudo.
O medo de amar era tanto
que não soube aprender contigo
a serenidade de um sentimento tão profundo como o teu.
Escrevo-te esta carta meu amor porque
os dedos já nem conseguem dedilhar na tua pele
o quanto te quero e,
tu foste sem uma palavra.


Meu amor, ainda me sabes ler?
Então sabes que sem voz e sem olhar,
mudo e cego eu ainda te sinto.


Meu amor de olhos infinitos lê esta carta e sussurra-me letra a letra o teu amor.


-

 

 

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escrito no papiro por ACCB às 00:18
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Sexta-feira, 19 de Dezembro de 2008

Foto do dia

[ Núvens sonhadoras... ]

Em cada nuvem, um sonho por concretizar... uma vida por viver... um mundo por explorar... um sentimento por saborear !

.-.

______________________________Miguel Andrade

 

escrito no papiro por ACCB às 23:46
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Cartas de Desamor - desafio

De Uma Mulher... a 10 de Agosto de 2008 às 07:01
 
'Eis-nos divorciados. Por fim, dormimos em casas separadas mas, afinal, não se me multiplicou o espaço nem o ar que respiro.
Queria tanto para mim, este tempo todo, tendido como massa fresca , este livro, esta calma.. Mas tu insistes em aparecer por entre as letras, numa dança triste, e eu distraio-me. Sinto falta de quando sorvia parágrafos onde calhasse, num prazer clandestino, antes que alguém desse conta.
Queria talvez telefonar-te e ouvir a tua voz, não porque te tenha saudades, mas só para te saber real e não apenas um projecto falhado. Costumava ansiar por uma refeição em paz, que pudesse atravessar num ruminar mudo, mas agora que não me interrompes, levanto-me, sento-me, vou à janela, e o jantar cansa-se nas bordas do prato. Preciso de procurar o silêncio com a urgência de alguém que perdeu as chaves e está atrasado, e não de dar com ele, assim, em cada esquina.
A tua falta é como estar sentada num banco de pregos a meio de um campo e gozar de uma liberdade dolorosa. Na verdade, ainda não senti o alívio que imaginei: em vez de expirar profundamente à espera de uma ressureição qualquer, dou por mim a arfar baixinho como um cão, a oxigenar-me com cuidado e à superfície, a ver se me aguento em pé.
Às vezes, sinto-me forte, capaz de enfrentar o mundo nesta minha nova condição de amputada; outras, em especial quando a noite cai demasiado depressa, cedo ao pânico, como se num elevador parado entre andares.
Nessas alturas, enrosco-me como um feto e só quero agarrar-me à barriga das tuas pernas e pedir-te que seja ainda antes de ires, quando chegavas a casa calado e o pior que acontecia era o tédio correr-nos nas veias. Há momentos em que dava tudo para que os teus pés frios, que sempre me desagradaram, arrefecessem este medo que me tolhe.'

Eu, uma mulher... tu sabes quem. Prefiro manter o anonimato.


 

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Quarta-feira, 17 de Dezembro de 2008

Qual a estação do ano ?

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Cartas de Desamor - Desafio

De Fernando Tavares a 28 de Julho de 2008 às 16:18
 
Fizeste-me chorar...
 

Se tivesse um único pensamento, seria fácil dissecá-lo, mas são tantos!...

Talvez isso me impeça de colocar as palavras nos lugares certos. Então, numa procura desassossegada, agarro em mim e dou um abanão ao inconsciente, impondo a vontade do espírito.

Deambulo por aí, numa ansiedade constante de querer segurar algo que me deixe concretizar as ideias. Neste terreno escorregadio e de vazio de corações, penetro mar dentro, inundando a alma de ondas brancas. Ao lado, as rochas fortes amparam a fúria das marés, e eu tento abraçar a liberdade dos homens livres da vaidade, hipocrisia e poder, transporto o espírito para fora dessas realidades do dia-a-dia.

O toque da natureza, com os olhos avaros e alma sequiosa, dá forma ao mundo, colorindo-o de toques de todas as cores e odores do Verão. É nele que desenho as pétalas dos meus pensamentos e pinto as belezas que, lá fora, ninguém quer ver. Um testemunho das maravilhas da terra implanta-se no Eu e transparece no papel. Não necessito de mais nada, queira Deus obsequiar-me – como até aqui – com dádivas divinas. De espírito leve, alimentado pelo Amor e pela Esperança, continuo a caminhar por entre canteiros de Paz floridos.

Absorvido pelo Belo, afasto a tentação de estar magoado com os desesperos e tristezas normais do ser humano.

Um beijo
Fernando
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escrito no papiro por ACCB às 23:00
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Marisa monte

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Segunda-feira, 15 de Dezembro de 2008

AlÔ AlÔ Meu Brasil!!!!!!Aquele Abraço!!!

TERTÚLIA VIRTUAL

“Um cantinho, um violão, esse amor e uma canção, para fazer feliz a quem se ama.”

***

*

Espreitar Aqui

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...

 
Num pedido de divórcio, o juiz pergunta à requerente:
- A senhora tem a certeza do que está a pedir?
A senhora quer o divórcio por  COMPATIBILIDADE  de feitios? Não será o
contrário?!...
 
  A mulher responde:
- Não Sr. dr. Juiz! É mesmo por COMPATIBILIDADE.
Eu gosto de cinema, o meu marido também!
Eu gosto de ir à praia, ele também!
Eu gosto de ir ao teatro, ele também!
Eu gosto de homens e ele também!
 
 ......................................................................................................
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escrito no papiro por ACCB às 08:26
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Jura.

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Domingo, 14 de Dezembro de 2008

"Há muito tempo que não escrevo.

 
Têm passado meses sem que viva, e vou durando, entre o escritório e a fisiologia, numa estagnação íntima de pensar e de sentir. Isto, infelizmente, não repousa: no apodrecimento há fermentação.
Há muito tempo que não só não escrevo, mas nem sequer existo. Creio que mal sonho. As ruas são ruas para mim. Faço o trabalho do escritório com consciência só para ele, mas não direi bem sem me distrair: por detrás estou, em vez de meditando, dormindo, porém estou sempre outro por detrás do trabalho.
 
Há muito tempo que não existo. Estou sossegadíssimo. Ninguém me distingue de quem sou. Senti-me agora respirar como se houvesse praticado uma coisa nova, ou atrasada. Começo a ter consciência de ter consciência. Talvez amanhã desperte para mim mesmo, e reate o curso da minha existência própria.
 
Há muito tempo que não sou eu. "

Fernando Pessoa - Livro do Desassossego
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escrito no papiro por ACCB às 23:38
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Lua Cheia

 

Não sei qual é a idade do céu

Mas  mergulha no mar, já de noite e através do frio....

 

Não sei de onde vem o reflexo lunar

Mas enche a calma da enseada de sons maresia e espuma branca

 

Não sei a idade do tempo

Mas ali não envelhece preso nas marcas que os teus pés que chegam  deixam na areia....

 

É de vidro o momento...ou será cristal?

Não  fales.... é noite de Lua Cheia.

-----------

 

ACCB - escrito só porque o Luar está  cheio demais...........................

 

 

 

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Cartas de Desamor - Desafio

De Luís a 11 de Agosto de 2008 às 09:50
 
Caminhar e contabilizar. Equacionar. Estudar, conduzir e escrever. Arguir. Requerer, recorrer ou socorrer. Correr e mergulhar. E olhar-me. Percebes a vastidão dos verbos todos em que me tornaste, sem me deixares ser feliz na plenitude de um só? Estou cansado. E sozinho, esta noite, pergunto-me. Está na hora de me vires buscar.
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escrito no papiro por ACCB às 21:54
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Manhã em Lisboa


 


Sento-me numa esplanada
ainda deserta
no coração adormecido da cidade...
Descrevo em palavras de papel
o mistério das avenidas habitadas
e a fantasmagoria dos pequenos transeuntes
ainda entorpecidos
pelo vento da manhã.
Parece-me que por momentos
a cidade se esquece de quem é,
e Lisboa matutina sepulta descuidada
a sua identidade.
O ruído está esquecido
entre a brisa visível e as pedras
ainda por calcar.

Contudo a cidade é vida
e o seu frémito cresce,
busca o fumo dos cafés,
a sodoma dos pedintes,
e o anelo barroco das luzes natalícias.
Então, como uma horda de formigas agitadas,
correm as pessoas a preencher os lugares do costume,
mulheres emanando fragâncias,
noite, vícios e ambição...
personagens de odores instalam-se
sobre o calvo sol da manhã

O ruído habitual recomeça a sua senda interminável,
polui por direito o ar da manhã,
Mas que importância isso tem?
O quadro em movimento,
essa obra viva do comum citadino,
configura-se em total plenitude
e no espaço de pouco minutos
a urbe resplandesce em vitalidade.

O cheiro pestilento dos mendigos,
os perfumes banais da burguesia "channel",
o mofo azedo das casas de fado,
unificando-se num todo.
(onde estás tu Fernando Pessoa?...)
A rua é o albergue do povo,
do fumo de escape dos carros,
mais o suor dos quartos fechados,
o néon adormecido das fachadas fulgentes
Esse universo prosaico e tangível...

Lisboa acordou e perfilhou-se para o dia,
a brisa corre agora mais ténue
entre a pessoa e o espaço vazio,
em alinho de parada,
prestam-se as pedras a serem pisadas
A horda é o sangue da cidade
e o seu pulsar é ritmado
guitarras em semi-fusa,
pianos atonais,
o nexo é o padrão morto do pensamento.

Quando a manhã subir e o sol se tornar claro
a cidade vai cheirar a fogo;
depois acalmará o vento
o lume agreste do perpétuo meio-dia;
mais tarde virá do pulso do astro
reclamar as cores a palidez faminta,
e o manto púrpura deste epílogo
adensar-se-á em negritude e exotismo.
A cidade não guarda tempo para dormir,
sua vitalidade recobra da lua o fôlego,
Constelações... corpos por agitar...
os lobos acorrem à rua com o seu uivo mudo,
com soberba nos corpos e fome no olhar
o ritual reemerge das volúpias da memória
Busca novos contornos,
novos cheiros e novas forças,
até que a lua se ponha.

 
escrito no papiro por ACCB às 21:50
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E como vai ser em 2009?

PAÍS INFELIZ

 

 

Um estudo do Deustsche Bank Research chegou à conclusão de que Portugal é, de entre os países da OCDE, o que tem maior índice de infelicidade (satisfação pessoal dos interrogados). A percepção de três factores, a saber, a “ineficiência governamental”, o “descontrolo da corrupção” e a “falta de confiança interpessoal entre os cidadãos”, explicam este triste resultado.
As sociedades, tais como os indivíduos, têm medo e acumulam traumas. Caem em depressão.

 

 

Continua AQUI

escrito no papiro por ACCB às 01:12
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Mais uma crónica para ler e ...pensar

AQUI NO  OLHAR DIREITO - ORÁCULO GREGO

 

 

(...)

 

Esperam que a juventude se conforme, quando, por definição, é inconformada?

O poder está à beira de cair na rua. E quando cair vai cair com muito estrondo. Pode demorar um ano, dois anos ou dez anos, mas este modelo esgotou-se. O que se seguirá?
Jorge Pinheiro

 

 

 

escrito no papiro por ACCB às 00:52
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Sábado, 13 de Dezembro de 2008

Já em qualquer livraria perto de si...............

O que os Juizes escrevem..........................

 

“No dia a que se reportam os autos, estando a arguida na cozinha e o filho no quarto, prepa­rou um chá, no qual deitou o conteúdo do frasco de Paratião, dizendo-lhe que bebesse porque lhe iria fazer bem”-
A ideia surgiu-lhe naquele instante. Preparou o chá e açucarou-o bem) como sabia que Pedro gostava. Depois, pegou no frasco do veneno e verteu-o na chávena. Misturou tudo e deu-lhe sabor com um cálice de Porto.
 
— Bebe, meu filho, bebe que te vai fazer bem! — disse-lhe, os olhos rasos de água.
 
‘A arguida agiu com intenção de matar o filho”.
 
— Levante-se a ré — disse o juiz do meio.
Maria do Rosário nem o ouviu.Foi preciso o seu advogado chegar junto dela e abaná-la para que o espírito voltasse de novo à sala.
— Quer dizer mais alguma coisa em sua defesa? — tornou o juiz.
— Tanto se me dá ir para a cadeia como ficar cá fora. A vida para mim acabou. Faça de mim o que quiser, senhor doutor juiz.
Gerei o meu filho por amor.
 E foi por amor que o matei.
---------------
Sousa Dinis
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Sexta-feira, 12 de Dezembro de 2008

Que ideia vos sugere esta imagem?

O suicídio

 

 

 

Definam a imagem através de uma só palavra.

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Quinta-feira, 11 de Dezembro de 2008

Relações epistolares

 

Já ouviram falar em relações epistolares? Não tem nada que ver com os apóstolos nem com os evangelhos...............Pois!

Tem que ver com aquelas coisas que escrevemos à porta fechada para alguém ler à porta fechada sedento das nossas palavras... tem que ver com os beijos que mandamos em cada letra, com o amor que fazemos a cada vírgula.. tem que ver com sentimentos,.. afectos.... gestos....

Perdem-se no tempo? Será.

Para uns sim.

Para  outros ficam em gavetas que abrimos de quando em vez para recordar o que foi escrito como se tivesse sido dito... E o que lemos acompanha a voz da pessoa que escreveu, a imagem de quem escreveu, a forma como inclinaria a cabeça enquanto escrevia, o brilho ou  a lágrima no olhar... a ultima leitura antes de fechar o envelope e o sorriso que acompanha o gesto....

Momentos únicos.....

 

Relações epistolares permanecem no tempo? Deixam marcas?...

_____________

ACCB

 

 

escrito no papiro por ACCB às 23:48
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Cartas de Desamor - Desafio

De francisco castelo branco a 28 de Julho de 2008 às 19:10
 
 
Sou da geração em que as cartas de amor não fazem sentido.

(...)
Em tempos escrevi uma carta de amor à minha namorada e ela guardou-a com todo o sentimento.
Disse-me que eu tinha sido a primeira pessoa a escrever uma carta.

Mas esses pequenos gestos são cada vez menos importantes.
Ainda há um ano dei uma rosa a uma rapariga de quem gostava e ela pouco ligou.
Fiquei triste......

As cartas de amor, as rosas, os perfumes nos dias mais importantes são gestos cada vez menos apreciados.
É pena porque se perde o romantismo  que uma relação tem que ter.....
Tivesse eu nascido no tempo de Eça e as coisas talvez fossem diferentes lol
......mas ainda não perdi a esperança....

 

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escrito no papiro por ACCB às 23:27
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dois cantores a mesma canção

Juan Manuel Serrat

Luis Miguel

 

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escrito no papiro por ACCB às 07:30
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Cartas de Desamor - Desafio

De Sem nome a 11 de Agosto de 2008 às 11:44
 
Cleopatra, não sei escrever cartas.
Nunca escrevi nenhuma carta de amor o que não significa que não tenha amado.
Se alguma vez amei a sério . Não sei. O que é amar a sério?
Mas se o tivesse feito teria escrito uma carta como esta por exemplo que aqui lhe deixo para juntar
às restantes que aqui tem, qual delas a melhor, a mais sentida, a mais vivida.
Pobre de mim que não lhe sei deixar uma da minha autoria.

Amar deve ser algo assim:
 
 
 
Não passo um dia sem te desejar, nem uma noite sem te apertar, nos meus braços; não tomo uma chávena de chá sem amaldiçoar a glória e a ambição que me mantêm afastado da vida da minha vida. No meio das mais sérias tarefas, enquanto percorro o campo à frente das tropas, só a minha adorada Josefina me ocupa o espírito e coração, absorvendo-o por completo o pensamento. Se me afasto de ti com a rapidez da torrente de Ródano, é para tornar a ver-te o mais cedo possível. Se me levanto a meio da noite para trabalhar, é no intuito de abreviar a tua vinda, minha amada.

E no entanto, na tua carta de 23, tratas-me na terceira pessoa, por Senhor! Que mazinha! Como pudeste escrever-me uma carta tão fria? E depois, entre 23 e 26 medeiam quase quatro dias: que andaste tu a fazer, porque não escreveste a teu marido?... Ah, minha amiga, aquele tratamento do “senhor” e os quatro dias de silêncio levam-me a recordar com saudade a minha antiga indiferença. (…) Isto é pior que todos os suplícios do Inferno. Se logo deixaste de me tratar por tu, que será então dentro de quinze dias?! Sinto uma profunda tristeza, e assusta-me verificar a que ponto está rendido o meu coração. Já me queres menos, um dia deixarás de me querer completamente; mas avisa-me, então. Saberei merecer a felicidade…

Adeus, mulher, tormento, felicidade, esperança da minha vida, que eu amo, que eu temo, que me inspira os sentimentos mais ternos e naturais, tanto como me provoca os ímpetos mais vulcânicos do que o trovão. Não te peço amor eterno nem fidelidade, apenas a verdade e uma franqueza sem limites. No dia em que disseres: “Quero-te menos”, será o último dia do amor. Se o meu coração atingisse a baixeza de poder continuar a amar sem ser amado, trincá-lo-ia com os dentes.

Josefina: lembra-te do que te disse algumas vezes: a natureza faz-me a alma forte e decidida. A ti, fez-te de rendas e de tule? Deixaste ou não de me querer? Perdão, amor da minha vida. A minha alma está neste momento dividida em várias direcções e combinações, e o coração, só em ti ocupado, enche-se de receios…
Enfada-me não te chamar pelo teu nome, mas espero que sejas tu a escrevê-lo.
Adeus. Ah, se me amas menos, é porque nunca me amaste. Tornar-me-ias então digno de lástima.

Napoleão

P.S. – A guerra este ano está irreconhecível. Mandei distribuir carne, pão, e forragens à minha cavalaria prestes a pôr-se em marcha. Os soldados patenteiam-me tal confiança que não tenho palavras para descrever-te. Só tu me causas desgostos. Só tu, alegria e tormento da minha vida. Um beijo aos teus filhos, de quem não me dás notícias. Ai, não! – levar-te-ia a escrever o dobro, e as visitas das dez da manhã não teriam o prazer de ter ver. Mulher!!!



Cartas de Amor de Napoleão Bonaparte a Josefina Bonaparte.
in revista Tabu - Semanário Sol

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Quarta-feira, 10 de Dezembro de 2008

Declaração Universal dos Direitos do Homem

 60 anos  
Que Direitos Humanos?
60 anos
Que Direitos Humanos?
 60 anos
 
Que Direitos Humanos?

 

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Terça-feira, 9 de Dezembro de 2008

Cartas de Desamor - Desafio

De José António Barreiros a 31 de Julho de 2008 às 22:26
Boa noite.
Aceitei o desafio. Escrevi uma carta. Afixei-a. É uma carta de amor.
http://muralhasdosilencio.blogspot.com/2008/07/uma-carta-de-amor.html
Cumprimentos amigos
jab


Publicada por José António Barreiros em 17:21


Quarta-feira, 30 de Julho de 2008
Uma carta de amor

Meu filho, escreveu ela, a mãe ausente, há momentos em que damos conta do que fizemos ao termos dado vida ao que de nós nasceu. Talvez hoje, por estar um dia feio e breve e anoitecer mais uma vez sem que eu saiba quantas mais, por chegar a insónia e o telefone não tocar. Talvez por ter chuviscado. Chega-se a um tempo em que tudo é indiferente à tristeza.
Houve tempos em que lia e enganava o estar sozinha tendo os livros por companhia. Foram amarecelendo, a estante cada vez mais inacessível, as letras mais sumidas aos olhos, como se deles fugissem.
Houve tempos em que esperei que qualquer estranho me animasse a alma mirando-me o corpo. Depois fui envelhecendo.
Dentro de dois dias será domingo. Vinhas por sistema ao domingo, primeiro só, quantas vezes acompanhado mas só, quantas outras sem ninguém para que eu não percebesse que sozinho estavas com mais uma nova companhia.
Meu filho, faz hoje anos que primeira vez te levámos à escola, nessa altura ainda havia o teu pai.
Ficou e ainda hoje se não apagou a lembrança do teu olhar, a censura, o medo, o anseio. Depois alguém te recolheu e o mundo tomou conta de ti. Nesse dia deixaste de nos pertencer. Lembrei-me isto e fui a uma gaveta onde ficaram bugigangas que são o que sobeja da tua presença e está lá num caderno de folhas brancas - terás sido ensinado pela professora, que interessa - o primeiro de tantos outros desenho, o de uma flor e por baixo, numas maiúsculas incertas, disformes, vincadas aqui e quase imperceptíveis ali, os traços de letras que todas juntas foram a palavra «a-m-o-r».
Nesse dia, chegada a noite, o teu pai indiferente do outro lado da cama como se do outro lado do mundo estivesse, perguntava-me sonâmbulo: que se passa para estares agora a chorar? Apaixonei-me, disse-lhe. Disparate, respondeu, sem um esgar de ciúme sequer.


JOSÉ ANTÓNIO BARREIROS

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escrito no papiro por ACCB às 20:37
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Nights in Rodanthe

- Uma artista plástica, um cirurgião plástico. Uma mulher doce. Um homem brusco. Uma luta de gerações e afirmações - pais e filhos. Um saber pedir desculpa. Um optar pela felicidade e pela auto afirmação. Um amar os filhos acima de  tudo E um ser feliz porque sim. A descoberta e o fim.

Nada  de novo.

Nada que fuja ao habitual num filme de descoberta de dois seres que não se conhecem

Uma felicidade fugaz.

A alegria da descoberta pessoal e a dor da perda de quem nos leva a descobrirmo-nos de novo.

Vale a pena embora não seja nada de espectacular.

Voltar a ter 20 anos quando se ronda  meio século e..... morrer de bem com a vida.....Não abdicar daquilo em que acreditamos.

É apenas um momento cinematográfico bem passado.

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escrito no papiro por ACCB às 19:14
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Segunda-feira, 8 de Dezembro de 2008

Florbela Espanca

 

 

Deixa dizer-te os lindos versos raros
Que foram feitos pra te endoidecer!

Mas, meu Amor, eu não tos digo ainda...
Que a boca da mulher é sempre linda
Se dentro guarda um verso que não diz!

Amo-te tanto! E nunca te beijei...
E nesse beijo, Amor, que eu te não dei
Guardo os versos mais lindos que te fiz!

                                   

Florbela Espanca -

 

"Tão pobres somos que as mesmas palavras nos servem para exprimir a mentira e a verdade."

 

 

Faz  hoje anos que nasceu a poesia num corpo de mulher.

escrito no papiro por ACCB às 23:46
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