Sábado, 7 de Outubro de 2006

Aprendi com o meu pai

 
 
 
 
 
 
 
Aprendi com o meu Pai, homem simples mas culto e conhecedor da Vida, a Honestidade e o Rigor das Atitudes.
Valores como a Honra, a Lealdade, eram imperativos na educação dos filhos.
Teve duas filhas.
(Mas nem por isso deixou de entender que tanto para homens como o para mulheres o rigor era igual, a transparência tinha a mesma carga.)
.
Rigoroso consigo mesmo, não deixava de exigir aos seus próximos, quer familiares quer subordinados o mesmo rigor de comportamento, a mesma Verdade nas atitudes a Lealdade das condutas e, sobretudo a Honra de se ser Honesto e Impoluto.
Aprendi-o com ele.
Orgulho-me de o ter aprendido.
E orgulho-me ainda mais de o ter aprendido com Ele.
..................
O discurso do Presidente da República tocou-me fundo quer porque a sua mensagem atingiu todos os cidadãos quer porque acordou os mais distraídos.
E atingiu mesmo o homem mais simples e mesmo o homem menos culto.
Atingiu-me como mulher de Leis e senti que, afinal nada está adormecido.
Ainda há quem pense enquanto os outros actuam, ainda há quem entenda que Honra Lealdade e Mérito cabem nas condutas de todo um País.
.
Bem haja Senhor Presidente por acordar o País.
Acordemos agora as acções.
.....
.
.
Intervenção do Presidente da República na Cerimónia das Comemorações dos 96 anos da Proclamação da República
Lisboa, 5 de Outubro de 2006
---------------------------------------
Senhor Presidente da Assembleia da República
Senhor Primeiro Ministro
Senhor Presidente da Câmara Municipal de Lisboa
Senhora Presidente da Assembleia Municipal
Portugueses
 
(...)
. A transparência da vida pública deve começar precisamente onde o poder do Estado se encontra mais próximo dos cidadãos.
.
Nesse sentido, é necessário chamar a atenção, de uma forma particularmente incisiva, para as especiais responsabilidades que todos os autarcas detêm nesta batalha em prol da restauração da confiança dos cidadãos nas suas instituições.
.
A instauração de uma ética republicana de serviço público não pode basear-se apenas numa pedagogia de deveres, nem em meros apelos a uma mudança de atitudes. Infelizmente, sempre existirão indivíduos ou situações dos quais estará ausente esta dimensão moral do republicanismo.
.
Daí que para este esforço colectivo deva também ser convocado o poder judicial, pilar fundamental do Estado de direito.
.
Mas para que as instâncias de controlo persigam os prevaricadores de uma forma célere e eficaz, é necessário que o combate à corrupção seja assumido como um esforço a que todos são chamados, nomeadamente pelo sistema de justiça, cuja dignidade e credibilidade devem ser reforçadas perante os Portugueses.
.
Por outro lado, a influência que nos nossos dias a comunicação social adquiriu implica que os seus profissionais participem igualmente neste esforço de renovação da ética republicana.
.
Exige-se da imprensa uma atitude de responsabilidade, rigor e isenção, pois o papel que ela desempenha na formação da opinião pública não se compadece com formas sensacionalistas ou populistas de tratamento da informação nem, menos ainda, com a divulgação de factos ou notícias sem qualquer correspondência com a realidade.
.
Neste dia 5 de Outubro, a República deve ser comemorada. Mas para que essa comemoração se converta numa festa onde todos os Portugueses participem devemos mudar de atitude e de mentalidade, tendo presente que a República é regra de vida, sentido de dever e modelo de comportamento. Celebremos a República! Mas, acima de tudo, celebremos a República por aquilo que a República de nós exige.
******************

http://www.presidencia.pt/

escrito no papiro por ACCB às 13:05
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2 escribas:
De LUA DE LOBOS a 7 de Outubro de 2006
a esperança de que haja algum efeito, nunca morre...
maria de são pedro
De DarkMorgana a 9 de Outubro de 2006
Era bom que assim fosse, Sr. Presidente da República.
O problema é quando, para os que estão envolvidos nas teias da currupção até ao "tutano", outras exigências "mais alto se alevantam", acima dos valores que lhes exige a República.

As mentalidades só mudariam, quando todos os prevaricadores fossem perseguidos, e não só os mais fracos.
E quando as pessoas sentissem que o que a República exige, é o que consegue dar em troca.

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